A Renova Energia já recebeu mais de 15 consultas de empresas e fundos de investimentos interessados em comprar a participação indireta de 51% na Brasil PCH e a Expra, que possui outras três Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) na Bahia. A venda das unidades é central para o sucesso da recuperação judicial da Renova, que prevê levantar R$ 1,7 bilhão com a venda de ativos ainda neste ano. Caso a companhia consiga, de fato, se desfazer dessas participações, terá alcançado R$ 1,2 bilhão, e praticamente destravará a sua recuperação, que acumula dívidas de R$ 2,6 bilhões.
Ativos
Na Brasil PCH há 13 usinas nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Somadas, elas têm capacidade de produzir 148,4 megawatts (MW). Já a Expra possui as hidrelétricas Cachoeira da Lixa, Colino I e Colino II, que fazem parte do Complexo Serra da Prata, no extremo Sul da Bahia, e totalizam 41,8 MW.
Eólicas
Os projetos de geração eólica da Renova em fase de desenvolvimento também têm motivado consultas de potenciais compradores, e um deles pode ser colocado em leilão ainda no primeiro semestre deste ano. Isso ocorre porque, como forma de garantir a venda dos ativos, a empresa tem procurado marcar certames assim que recebe ao menos uma proposta firme.
Presente e Futuro. Atualmente, a empresa tem projetos em desenvolvimento com potencial para produzir até 7 gigawatts (GW). A intenção da empresa é se desfazer de aproximadamente 5 GW desta capacidade. Com a venda, estima-se que seja possível obter cerca de R$ 400 milhões. Os 2 GW restantes servirão para garantir a expansão futura da companhia, após as dívidas serem sanadas.
Fonte: “Estadão”, 09/03/2021
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