Engenheira civil de formação, a mineira Maria Tereza Ferraz Fartes, 29, trabalhava em uma multinacional quando teve sua ideia de negócio. Acostumada a viajar muito a trabalho, viu-se obrigada a aprender espanhol rapidamente. Foi nesse momento, quando estava em busca de um professor particular, que pensou em criar um aplicativo que facilitasse esse processo.
A empreendedora decidiu, então, sair do trabalho para criar o WannaClass, startup que conecta alunos a professores de idiomas pelo celular. Ao lado do ex-chefe Diego Miranda, 38, e de seu pai Evandro Fartes, 61, que também são sócios do negócio, Maria passou um ano desenvolvendo o aplicativo, até lança-lo neste mês.
A proposta é simples, diz a empreendedora. Como no Uber, os professores se cadastram – a partir de critérios impostos pelo próprio aplicativo – e os alunos fazem a solicitação das aulas.
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Atualmente, o negócio funciona em dois modelos diferentes: as aulas diretas, que funcionam exatamente como no aplicativo de transporte, em que o usuário solicita a aula (optando por idioma e faixa de preço disposto a pagar) e o primeiro professor a “aceitar” o pedido, realiza a aula; o outro modelo consiste no agendamento das aulas, no qual o aluno também escolhe o valor e o idioma, a plataforma disponibiliza os professores que se enquadram, e o usuário escolhe a opção que mais lhe agrada.
Segundo Maria, os três investiram cerca de R$ 50 mil parar tirar o aplicativo do papel. Iniciado em 2017, o ano passado serviu para a startup testar o produto mínimo viável. “Foi essencial para testarmos o modelo ideal do negócio”, diz.
De acordo com a empreendedora, hoje a empresa já conta com 35 professores e 100 alunos cadastrados. Os profissionais precisam contar com certificações de padrão europeu para acessar a plataforma. Por enquanto, as aulas acontecem à distância, mas a empresa vem trabalhando na possibilidade de reunir pessoalmente alunos e professores ainda este ano.
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O aplicativo já disponibiliza aulas de sete diferentes idiomas, que vão além do inglês e espanhol. “Temos aulas de hebraico, russo, grego e holandês. Tivemos até uma proposta de um professor que ensina libras online. Estamos estudando como implementar a possibilidade”, diz.
A startup fica com 25% de cada aula realizada, valor que, segundo a empreendedora, é “menor que o cobrado nas escolas de idiomas”. “Acreditamos que trazer os alunos para os professores também é um diferencial da nossa empresa.”
Fonte: “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”