Diversos estudos indicam que existe uma forte correlação entre o crescimento econômico e os investimentos realizados para a produção de petróleo. Além destes fatores, a importância desta fonte energética se dá pelos principais países produtores, citando a Rússia, Arábia Saudita, Irã, Venezuela e Estados Unidos, constantemente associados a tensões políticas, provocando oscilações na cotação do barril, interferindo diretamente em setores relevantes para o crescimento mundial. Logo, estimular o investimento em novas fontes energéticas seria o melhor caminho para o mundo? Ou como segunda opção, por que não investir em tecnologias que permitam a utilização do petróleo, respeitando os princípios sustentáveis?
Dados da IEA – International Energy Agency (2012), indicam que uma das razões para a predominância do petróleo na economia, seria a sua importância nas principais bolsas de valores do mundo, citando as de Chicago e Londres. Conforme o Departamento de Energia dos Estados Unidos (2010), grande parte dos ativos negociados nestas bolsas, tem como lastro o petróleo, seus derivados e toda a sua cadeia produtiva. Logo, o estimulo para a adoção de novas fontes energéticas talvez não se tornasse viável, sendo o foco, o aumento de investimentos em P&D em petróleo.
No caso brasileiro, somente a Petrobras representa grande parte do volume das ações negociadas, estimulando os movimentos do mercado há anos. Da mesma forma, a OGX, do empresário Eike Batista, conseguiu provocar uma grande oscilação acionária brasileira na última semana, dadas as suas políticas de exploração abaixo do esperado e empréstimos em negociação pelo BNDES na empresa. Em ambos os casos, os recursos destinados a inovação, estaria abaixo do necessário, com a adoção de técnicas de exploração há anos utilizadas.
Além destes fatores, descobertas relevantes de reservas de petróleo no mundo, citando o Pré-Sal no Brasil e recentemente no Japão estimulam novos investimentos pelas empresas de petróleo. Se não bastasse, a descoberta de gás de xisto em solo americano pode representar a autossuficiência energética deste país, sendo esta fonte menos poluente do que o carvão, respeitando os princípios sustentáveis, que tanto os americanos são exigidos.
Pensar em processos sustentáveis apresenta-se como algo extremamente relevante, ainda mais para um planeta com aumentos constantes de temperatura. Dados do IPCC – Intergovernmental Panel on Climate Change (2011) indicam que as alterações climáticas em curso tornariam a vida terrena inviável, já em 2050. No entanto, outras fontes de pesquisa, como o MIT (2012) contestam a responsabilidade única pela utilização do petróleo, como consequência das alterações climáticas, destacando os benefícios econômicos da sua utilização.
Finalmente, a lei de Stuart parece estar tão atual, quando da sua formulação em 1956, isto é, as reservas de petróleo disponíveis no mundo não seriam finitas, mas dependentes somente dos investimentos e inovações tecnológicas para viabilizar a sua exploração, até mesmo, de forma mais limpa.
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