O secretário especial de Presidência Social do Ministério da Economia, Rogério Marinho, admitiu a possibilidade de os estados e os municípios serem incluídos na reforma previdenciária em uma emenda a ser apresentada ainda na comissão especial encarregada de analisar o tema no Congresso. Segundo Marinho, a adição desses entes da federação é fruto de um entendimento político com parlamentares da bancada do Nordeste, que votariam a favor da proposta.
– Houve um entendimento político de que os estados e os municípios entrariam na reforma, desde que os estados do Nordeste apresentem votos [a favor] ao texto principal. Entrariam em uma emenda aditiva ou aglutinativa, tanto na comissão como no plenário – disse o secretário, após participar de um debate sobre a reforma da Previdência, em Brasília, com representantes do setor da construção civil.
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Para Rogério Marinho, o texto do relator da reforma, o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), será aprovado nesta quinta-feira, pela comissão especial. Com isso, a matéria poderá ser apreciada no plenário da Câmara já na semana que vem ou, no máximo, antes do recesso parlamentar, previsto para o período de 18 a 31 de julho.
– O relator tem feito seu trabalho, ouvindo líderes e mantido sua interlocução conosco. Esperamos que a votação ocorra dentro da comissão até quinta-feira. Esta é a ideia – disse Marinho.
Ele lembrou que Samuel Moreira, ao tornar público seu relatório, disse que poderia fazer algumas modificações no texto. O secretário elogiou o trabalho do relator. Disse que Moreira está tendo o cuidado de ouvir a todos e levar em consideração as opiniões que possam melhorar e aperfeiçoar a proposta.
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Marinho enfatizou que o momento atual é inédito, com 16 partidos apoiando o relatório de Moreira. Perguntado se será possível manter a economia de R$ 1,1 trilhão com a reforma da Previdência, o secretário respondeu que o governo quer “o máximo possível”.
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