O desembargador federal Fábio Prieto é o novo especialista do Instituto Millenium. Durante o curso “Recuperação e Falência – A Lei 11.101/2005 e a Administração Judicial”, promovido pela iModum em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ), ele conversou com o Imil sobre a independência da Justiça e seu protagonismo na sociedade brasileira.
Crítico à reforma do Judiciário, o especialista destacou a importância da autonomia dos juízes que, segundo ele, prevalece sobre às pressões dos conselhos criados: “O fracasso dos Conselhos é a liberdade do juiz”, avalia. Outro tema abordado foi a morosidade dos processos, crítica recorrente à Justiça no país. Para ele, apesar dos avanços, a questão está profundamente ligada à cultura burocrática do “tempo das caravelas”.
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O desembargador também comentou o papel de destaque que o Judiciário vem conquistando na sociedade brasileira decorrente das grandes investigações e prisões realizadas no país nos últimos anos. Para Prieto, o poder vem correspondendo às expectativas da população:
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“Como todo país em desenvolvimento, temos grandes qualidades e defeitos, e o mesmo acontece no Brasil. Nós avançamos muito porque os meios de investigação hoje são sofisticados. Você tem o satélite, o celular, o computador… E nós também mudamos uma certa orientação de matriz, ou seja, saímos do direito de origem romana e partimos para o anglo-saxão, que é muito mais pragmático e consensual, além de ser menos formal. Inclusive na questão penal, a delação premiada é um instituto consensual. Essas várias coisas melhoraram nossa performance como um todo e também nesse crime que se chama organizado e violento, e não só para o de colarinho branco” comenta.
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