(ANSA) – Uma coalizão de 48 estados e a Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) abriram dois processos, separados, contra o nesta quarta-feira (09) por monopólio na compra dos aplicativos WhatsApp e Instagram.
As duas ações acusam a rede social de ter usado sua “posição dominante” para fazer as compras e exigem que ambas sejam vendidas. O diretor da FTC, Ian Conner, afirmou que “as ações do Facebook para consolidar e manter seu monopólio negam aos consumidores os benefícios da concorrência” e que o objetivo do órgão é “reverter a conduta anticompetitiva do Facebook”.
Nesta quinta-feira (10), o Facebook afirmou que todas as suas compras foram autorizadas pelos órgãos regulatórios e que não há nenhuma ilegalidade nos negócios.
“Instagram e WhatsApp tornaram-se produtos extraordinários porque o Facebook investiu bilhões de dólares, trabalho e anos de inovação para desenvolver novas funcionalidades e melhores experiências para milhões de pessoas que amam esses produtos. O fato mais relevante que a Comissão não menciona na sua denúncia de 53 páginas é que autorizou essas compras anos atrás. Isso é revisionismo.
As leis antitruste existem para proteger os consumidores e promover a inovação, não para punir empresas de sucesso”, disse a vice-presidente, Jennifer Newstead.
Os processos vêm na sequência de ações de comitês e órgãos tanto do governo norte-americano como do Congresso que investigam as chamadas “empresas de Big Tech” do Vale do Silício, tanto por monopólio como por falta de ação na disseminação de fake news.
Além da rede de Mark Zuckerberg, Google, Amazon, Twitter, Microsoft e Apple estão na mira das autoridades. (ANSA).
Fonte: “InfoMoney”, 10/12/2020
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