No artigo “Um apartheid silencioso”, publicado pelo jornal “Folha de S.Paulo”, o diretor acadêmico do Ibmec-RJ, Fernando Luís Schüler, ressalta que as falhas do sistema público de educação do Brasil têm agravado as assimetrias sociais. “O fato é que estamos alimentando, no Brasil, uma espécie de apartheid educacional entre os jovens de classe media e alta, cujas famílias há muito “privatizaram” a educação de seus filhos, e os estudantes de famílias mais pobres, que são levados a estudar nas redes estaduais e municipais de ensino, com seus problemas crônicos de gestão.”
Entre os principais problemas das escolas públicas, Schüler destaca a lentidão, o corporativismo e a falta de meritocracia. Para reforçar a tese do “apartheid educacional”, Schüler comparou o desempenho de alunos de escolas públicas e privadas na última edição do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Enquanto os alunos da rede privada alcançaram nota média 502, muito próximo a nota de estudantes dos EUA, os alunos de escolas estatais ficaram com média 387, próxima a da Albânia.
Para Schüler, o sistema público de ensino precisa passar por mudanças radicais e imediatas. “Uma revolução para que exista igualdade de oportunidades, que vai começar quanto tivermos alguma coragem para revisar velhos conceitos.”
Leia o artigo “Um apartheid silencioso” na integra.
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