Com os mercados instáveis, as instituições financeiras estão sofrendo impacto direto. Como os investidores, externos e domésticos, se retraindo, o Home Broker vem sofrendo, assim como as mesas de operação. No caso dos estrangeiros, acontece uma migração lenta de recursos, alguns tentam sair de um mercado líquido como o brasileiro, para cobrir prejuízos do “além mar”.
Comenta-se que este primeiro semestre foi inédito na conjunção de fatores negativos. Houve uma série de crises simultâneas que acabaram reduzindo o volume de negócios nas bolsas. Desde agosto de 2010, o Ibovespa não sai dos 62/65/66 mil pontos… Foram crises na zona do Euro com a dívida grega, terremoto no Japão, conflitos no Oriente Médio, crise da dívida nos EUA, desaceleração de crescimento na região, enfim, foi um período duro…
Nas instituições financeiras a crise foi impactante. Algumas fizeram apostas e cálculos errados, superdimensionando suas estruturas e agora estão, como dizem, “remando num transatlântico”. Outras resolveram cortar as áreas de research, terceirizando com o uso das consultorias. Tudo bem. Em alguns casos, não dá para ter uma área de análise completa hoje em dia.
O problema é que nada substitui a opinião de um economista-chefe. Qual é a opinião da casa nos momentos marcantes de crise, na reunião do Copom, na renegociação da divida grega?
As consultorias são importantes e são a tendência para o futuro, mas nada substitui a opinião do economista da casa… Somado a isto, as instituições precisam se consolidar, criando um leque amplo de produtos financeiros, focados tanto em equity, como em renda fixa, assim como precisam criar uma cultura própria, precisam gerar organicidade, precisam de uma assessoria personalizada aos clientes, dando a eles um tratamento especial; é isto que eles mais querem: atenção e carinho.
E é nisto que a boa casa acaba ganhando…não dá para ter apenas operadores, que só visam seus ganhos imediatos… Sem um bom “relações públicas”, sem uma boa área de análise, não se vai a lugar nenhum.
No caso das corretoras, é comentário no mercado que o número é excessivo e deverá haver um redimensionamento. Dizem que das 80 e tantas existentes, devem sobrar pouco mais que a metade… será? Teremos um momento, já ocorrido nos bancos, de muitas fusões e aquisições. Quem sobreviver verá.
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