Está em curso no Senado uma força-tarefa de governistas para barrar a instalação da CPI da Lava Toga. Eles conversaram com os parlamentares que subscreveram o requerimento com o objetivo de retirar cinco assinaturas. Dos 29 nomes, dois são de senadoras do PSL, alvo preferencial da blitz. Para frear as investigações, é necessário que apenas três senadores saltem do barco. A estratégia de convencimento, até o momento, segundo relatos, tem sido dizer que quem procura acha e, se achar agora, trava o País, inclusive a reforma da Previdência.
Solução. Davi Alcolumbre já tem em mãos parecer jurídico da consultoria do Senado que aconselha a não levar adiante a CPI. Mas a retirada de nomes o pouparia do desgaste de negar a instalação do colegiado.
Respira… Na ressaca das rusgas entre Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia, o Congresso deve evitar a análise do decreto que isenta estrangeiros de vistos. Segundo líderes, o presidente da Câmara não quer, por ora, colocar álcool na fogueira.
…fundo. O líder do governo, Major Vitor Hugo, disparou ligações para sentir a temperatura e chegou à conclusão de que o ideal para o governo é não votar o decreto. Uma derrota interferiria nas relações com os EUA.
Bola pra frente. Maia ouviu de um líder que a batalha da narrativa foi perdida por ele para Jair Bolsonaro. Apesar de covardes, argumentos na linha “políticos são bandidos” ainda são de fácil compreensão, disse.
Próximo round. A segunda etapa da campanha da nova Previdência que vai ao ar nesta semana terá como foco os militares. Seguirá o mesmo conceito de que a reforma é para todos.
Com a palavra. O advogado Thiago Machado diz que compareceu à PF quinta-feira passada, logo após a prisão de Michel Temer, “por dever de ofício” e que só conversou brevemente com a imprensa “por respeito”.
In loco. A presença de Machado, que integra a defesa do ex-presidente, no local foi contestada por parte da equipe de advogados de Temer porque, segundo ela, Machado não atua no caso da prisão.
Fonte: “O Estado de S. Paulo”