O governo brasileiro volta nesta quinta-feira, 7, a oferecer áreas de petróleo para a iniciativa privada na 6ª Rodada de Partilha de Produção, depois de ver frustrado, na última quarta-feira, 6, o leilão do excedente da cessão onerosa, quando vendeu dois dos quatro campos ofertados e arrecadou 66% do esperado, tendo a Petrobrás e duas empresas chinesas como únicas interessadas.
Nesta quinta, a 6ª Rodada vai oferecer cinco áreas no pré-sal das bacias de Santos e Campos, que podem conter cerca de 42 bilhões de barris de petróleo in place (não confirmado): Aram, Bumerangue, Cruzeiro do Sul, Norte de Brava e Sudoeste de Sagitário. Aram é o destaque da rodada e pode se tornar o terceiro maior campo de petróleo do País, atrás apenas de Lula, o maior, e Búzios.
Aram tem uma extensão maior que o Estado do Rio de Janeiro e um dos três campos que são alvos da Petrobrás no leilão. O bônus de assinatura é de R$ 5 bilhões. A estatal exerceu seu direito de preferência nos campos de Aram, Norte de Brava e Sudoeste de Sagitário. Nesses campos ela poderá ser operadora com até 30% de participação. Somados, os ativos garantem R$ 6,15 bilhões de arrecadação ao governo, ou 78,8% do total previsto, de R$ 7,8 bilhões.
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Ao contrário do leilão de quarta, os blocos ainda não foram explorados e por isso não há estimativa sobre as reservas, e não haverá compensação de gastos à Petrobras, um dos motivos do fracasso do leilão de ontem. Outros obstáculos, como a fixação de um porcentual de lucro-óleo para os lances e a presença da Petrobras como operadora em três áreas, porém, continuam.
De acordo com o advogado Paulo Lopes, sócio do Campos Mello Advogados na área de Óleo & Gás e ex-executivo de empresas como Shell, Vale e Raízen, a Petrobras poderá ter uma participação mais tímida na 6ª Rodada e as outras petroleiras serem mais ativas.
Foram habilitadas 13 empresas para a 6ª Rodada: BP (Inglaterra); Chevron (EUA); CNODC (China); CNOOC (China); Ecopetrol (Colômbia), ExxonMobil (EUA); Murphy (EUA), Petrobras (Brasil), Petronas (Malásia), QPI (Catar), Repsol Sinopec (Espanha-China), Shell (Inglaterra-Holanda) e Wintershall (Alemanha).
Fonte: “Estadão”