O ministro da Economia, Paulo Guedes, não se opôs à criação do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Segundo apurou o Poder360, ele avalia que a medida não afeta o “núcleo” do Ministério da Economia e pode manter nomes aliados na pasta, como o do secretário especial Bruno Bianco.
O Ministério da Economia foi criado a partir da fusão de 4 ministérios – Fazenda, Planejamento, Trabalho, Indústria e Comércio Exterior. Guedes, no entanto, avalia que hoje o importante é manter o “núcleo” da pasta, isto é, as secretarias da Fazenda, Planejamento e Desenvolvimento. Para ele, ficar com essas 3 pastas é necessário para manter o controle da política econômica e das contas públicas.
O grande objetivo do chefe da Economia com a Secretaria do Trabalho era aprovar a reforma da Previdência. Agora, ele avalia que a pasta deve focar na retomada do emprego e pode ser chefiada por um ministro que consiga dedicar-se integralmente a essa questão. O Ministério do Emprego será entregue a Onyx Lorenzoni.
Foi combinado que ex-chefe da Casa Civil vai manter a agenda que vinha sendo trabalhada por Guedes e Bianco na pasta.
O ministro da Economia disse nesta 4ª feira (21.jul.2021) que as novidades da Esplanada dos Ministérios são para a “direção do emprego e da renda”.
Guedes vai ceder a Onyx Lorenzoni a responsabilidade do lançamento do programa de qualificação profissional que vem sendo desenhado pela equipe econômica, o BIP (Bônus de Inclusão Produtiva). Porém, há expectativa de que os técnicos ligados ao programa continuem no Ministério do Emprego.
O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, é cotado para ser auxiliar do novo ministro do Emprego, Onyx Lorenzoni. O Poder360 apurou que Onyx gosta de Bianco e deve conversar com o secretário nos próximos dias. Quando chefiou a Cidadania, Onyx também tinha como secretário-executivo um nome mais técnico, Antônio Barreto.
Reformar o Estado é fundamental para a qualidade da democracia
Guedes avalia que há uma “necessidade política” de acomodar o Senado no governo e depende dos senadores para aprovar as reformas econômicas. Recentemente, disse que as reformas têm avançado na Câmara, mas andam mais devagar no Senado por conta do “perde-perde” da CPI da Covid.
Fonte: “Poder 360”, 21/07/2021
Foto: Sérgio Lima/Poder360