O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), ficou em 0,45% em setembro, segundo divulgou nesta quarta-feira (23) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – a maior para o mês desde 2012, quando ficou em 0,48%.
A alta foi pressionada pelos preços dos alimentos e bebidas, que subiram 1,48% no período, impactados pelas altas das carnes, tomate, óleo de soja e arroz.
O indicador – que é considerado uma prévia da inflação oficial do país – mostrou aceleração em relação ao índice de agosto, quando ficou em 0,23%.
No ano, a prévia da inflação acumulou alta de 1,35% e, em 12 meses, atingiu 2,65%. O IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado no trimestre, foi para 0,98%, acima da taxa de 0,26% registrada em igual período de 2019.
- IPCA-15, setembro/2020 — Foto: Economia G1
Perspectivas e meta de inflação
A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central do governo para o IPCA, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% neste ano.
Segundo o relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, os analistas do mercado financeiro estimam uma inflação de 1,99% em 2020.
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O menor menor patamar da inflação desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já registrado foi em 1998 (1,65%).
Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
- Metas para a inflação estabelecidas pelo Banco Central — Foto: Aparecido Gonçalves/Arte G1
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 2% – mínima histórica. O mercado segue prevendo manutenção da taxa básica de juros neste patamar até o fim deste ano.
Para o fim de 2021, a expectativa do mercado é que a Selic vá a 2,5% ao ano. Isso quer dizer que os analistas seguem estimando alguma alta dos juros no ano que vem. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.
Já para o Produto Interno Bruto (PIB), a projeção dos analistas é de um tombo de 5,05% em 2020.
Fonte: “G1”, 23/9/2020
Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil