A liberdade de expressão não é uma garantia em todos os paises do mundo. Movimentos como a Primavera Árabe, cujos manifestantes brandam contra governos autoritários, fazem crescer a pressão de tiranos contra a divulgação de informações por jornalistas, hoje uma profissão de risco, como revelou o relatório divulgado no ano passado pela organização Repórteres Sem Fronteiras. Em 2011, 66 jornalistas foram assassinados no mundo, 20 somente no Oriente Médio.
Os atentados contra a liberdade de expressão se agravam principalmente na Ásia, Áfria e Oriente Médio, mas não se limitam à essas regiões. Na última terça-feira, 7 de fevereiro, a justiça do Equador determinou que os jornalistas Juan Carlos Calderón e Christian Zurita Ron devem pagar US$ 1 milhão cada ao presidente Rafael Correa por danos morais. Os sentenciados são autores do livro “El Gran Hermano”, que detalha como Fabricio Correa, irmão do presidende, teria se beneficiado de contratos com o governo.
Segundo o jornal “O Globo”, para a oposição, organizações de imprensa e para o próprio Fabrício, que rompeu com Correa, a decisão faz parte de uma grande campanha do governo para cercear o trabalho dos meios de comunicação.
O processo contra os dois jornalistas não é único do presidente contra a imprensa. Correa tem aberta uma ação também contra três diretores e um ex-editor do jornal “El Universal” por injúria. Em primeira instância, eles foram condenados a três anos de prisão e a pagar US$ 40 milhões.
Vale lembrar que em dezembro do ano passado a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, promulgou uma lei que declaraou de “interesse público” a fabricação e distribuição de papel jornal no país, o que na prática torna estatal a empresa Papel Prensa. Com essa determinação, a companhia, que monopoliza o mercado de papel jornal, deixou de ter como acionistas majoritários os jornais “Clarín” e “La Nación”.
Fonte: Repórteres sem fronteiras e “O Globo”
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