Em 2005, quando ocupava o cargo de economista-chefe do FMI, Raghuram G. Rajan alertou seus pares sobre o risco de uma crise econômica mundial. Não foi ouvido. No livro “Linhas de falha” (BEĨ, 2012), ele retoma o assunto, apresentando uma profunda análise dos fatores que precipitaram o colapso de 2008 e mostrando por que ele pode se repetir — e de forma ainda mais violenta.
Em geologia, “linhas de falha” são as rachaduras na litosfera que dão origem aos terremotos; Rajan usa a expressão como metáfora dos pontos de fragilidade que colocam em risco o sistema econômico internacional. O livro discorre sobre questões relativas à desigualdade social, ao acesso à educação e à saúde e aos mecanismos de segurança social nos Estados Unidos, bem como sobre as escolhas econômicas de países desenvolvidos e pelas economias emergentes, explicando de que forma a inter-relação entre esses elementos pode desestabilizar a economia de todo o mundo.
Agraciado nos Estados Unidos com o prêmio Financial Times/Goldman Sachs como o melhor livro de finanças de 2010, “Linhas de falha” é considerado mais importante estudo sobre a crise de 2008. A edição brasileira conta com uma introdução especial, na qual o autor discorre sobre a situação do país hoje, e um prefácio assinado por Pedro Malan.
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