Jovens invadem e depredam aquele que deveria ser o mais sagrado dos lugares.
Não é uma igreja, não é um palácio, não é um estádio, é uma escola.
Escolas são lugares sagrados, não no sentido divino ou religioso, mas compreendido como um lugar a ser venerado porque ali se busca o saber, o conhecimento.
É ali que se exercita a razão, nossa única ferramenta para a preservação da vida.
Escola não é lugar onde se produz e difunde dogmas, como numa igreja; não é lugar onde se possa produzir coerção, como num palácio; não é lugar para se deixar mover pela paixão, como num estádio.
Escola é lugar para a descoberta da verdade. Não é um lugar para se aprender a obedecer os outros, é um lugar para se aprender a usar a razão, para se aprender a conhecer a realidade, aprender a lógica, descobrir a natureza.
Escola não é um lugar de doutrinação, de catequese, de cooptação, de arrebatamento.
Escola é um lugar para se construir mentes livres e independentes, capazes de gerar valor com base no entendimento.
Entendimento de como as coisas funcionam e como se pode cooperar para aprimorá-las.
Escolas, igrejas, palácios e estádios são lugares simbólicos, cada um com o seu significado.
Todos podem abrigar pessoas com boas ou más intenções. No entanto, não há lugar onde a ação humana tem maior e mais duradoura repercussão do que numa escola.
É ali que se investe no futuro, é ali que se constrói, quase que irreversivelmente, a próxima geração.
Escolas deveriam ser mantidas, pedagógica, operacional e financeiramente, como as mentes de seus frequentadores, livres e independentes, longe dos dogmas, longe da coerção, longe das paixões.
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