Aversão ao risco com vários focos de tensão externa
Mercados tensionados ao redor do mundo, diante de série de focos localizados de tensão nos EUA, Europa e China. Nos EUA, críticas em relação às recentes decisões do Fed de flexibilizar ainda mais a política monetária. A injeção de US$ 600 bilhões vem sofrendo ataques pelos riscos inflacionários aí embutidos. Estímulos fiscais são inviáveis neste momento, em função da fraca base política do Governo Obama, com a maioria republicana contrária.
Em NY, os mercados futuros operavam em queda, assim como nas bolsas da Europa. Nos EUA, na agenda de indicadores o PPI agora as 11:30 horas, os dados de produção industrial as 12:15 horas e o Índice de Atividade das Construtoras de Casas de Novembro. Saem também os balanços trimestrais da Wallmart e daHome Depot.
Na Europa, a desconfiança com as dificuldades de Portugal, Irlanda e Grécia em realizar seus ajustes fiscais e rolar suas dívidas, chegou ao limite. Embora o governo irlandês se apresse em negar, parece certo que terá que recorrer os fundos da zona do euro, no montante de € 90 bilhões para tentar estabilizar o sistema bancário e acalmar os investidores. O mesmo risco corre Portugal. Por lá, a dívida pública chega a 82% do PIB e o déficit primário em torno de 7,3%. Na Grécia, a meta é baixa o déficit público a 3% do PIB em 2014. Os dados recentes, no entanto, mostram um cenário bem delicado. O déficit público passou a 15,4% do PIB no ano passado e o deste ano está previsto em 9,4%.
Por lá, atenção para a inflação da zona do euro de outubro, tendo registrado 0,4%, contra expectativa de 0,3%. Na Alemanha, o índice de confiança ZEW veio em alta de 1,8 contra expectativa de queda de 4 pontos. Estejamos atentos, nesta semana, a ata do Bank of England na quarta-feira.
Na Ásia, os mercados fecharam em queda, com Xangai recuando 3,9%, diante da expectativa de aperto monetário na China. Tóquio recuou 0,3% e Hang Seng – 1,41%.
No Brasil, o IGPM da segunda prévia na sexta-feira, o IGP10 de novembro e o IPC da Fipe nesta quarta-feira. Lembremos também a arrecadação federal de outubro, os dados de emprego formal, pela Caged e o IBC-Br de setembro.
Na agenda de balanços do terceiro trimestre, contra o mesmo do ano passado, destaque para:
BB (avanço de 32,7%, com crédito imobiliário avançando 90%
CEMIG (recuo de 2,4%)
TAM (+31,6%)
Gafisa
Guararapes
São Martinho
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