As mulheres ainda sofrem discriminação salarial no mercado de trabalho. Segundo dados do Boletim Especial Mulheres da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), a média de rendimentos geral na região metropolitana de Porto Alegre girou em torno de R$ 1.453,00 em 2011, enquanto a média feminina para o ano ficou em apenas R$ 1.230,00. Segundo o mesmo estudo, o salário real médio mensal das mulheres correspondia a 75% dos salários dos homens na capital do Rio Grande do Sul.
A pesquisa mostrou que as mulheres levam mais tempo para encontrar um emprego no Sul. Enquanto, em média, eles acham uma posição no mercado em 21 semanas, elas levam 25 semanas. Em Porto Alegre, a proporção de mulheres no contingente ocupado continua inferior à dos homens, passou de 45,2% em 2010 para os atuais 45,3%.
Os principais motivos apontados para essa discrepância entre os salários de homens e mulheres que exercem as mesmas funções são: a extensão da jornada de trabalho, em geral os homens trabalham mais horas que as mulheres, e a qualidade das ocupações.
A menor carga horária das mulheres pode ser explicada pelo papel que elas desempenham na sociedade. As trabalhadoras costumam acumular afazeres domésticos e as maiores responsabilidades familiares. Estudos recentes mostram que cerca de 40% dos homens e 90% das mulheres declararam desenvolver atividades domésticas. A maior carga horária dos homens também ajuda a entender porque eles têm maior participação nas atividades mais complexas e melhor remuneradas.
Multa para discriminação salarial
O projeto de lei que prevê a cobrança de multa para a prática de discriminação salarial por sexo, proposto pelo deputado Marçal Filho, foi aprovado na última terça-feira, 6 de março, no Senado. A multa corresponderá a cinco vezes a diferença salarial registrada durante todo o vínculo empregatício. A lei já passou pela Câmara e, caso não haja pedido para que seja votada no plenário da Casa, seguirá para a sanção da Presidente Dilma Rouseff.
Fontes: Jornal do Comércio, Estadão e SEAD
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