Em “Nação-Comerciante: poder e prosperidade no século XXI”, Marcos Troyjo analisa a evolução da economia global nos últimos 25 anos à luz de teorias de relações internacionais e desenvolvimento econômico. Enfatiza a experiência e os desafios apresentados pela realidade brasileira e sua inserção externa.
Nação-comerciante examina a chamada “nova economia” – rótulo utilizado para descrever o conjunto de fluxos econômicos que agregaram grande liquidez internacional ao aparecimento das novas tecnologias da informação. Além de explicitar seus principais traços constitutivos nos EUA e em outras partes do mundo, o livro busca relacionar o aparecimento desse fenômeno ao lugar que o Brasil ocupa no mundo contemporâneo.
A questão da inovação tecnológica, sua gênese e os efeitos que causa para todo o sistema internacional são examinadas com base nas reflexões de Joseph A. Schumpeter, mediante o conceito de “destruição criativa”. Troyjo vale-se também de uma releitura do pensamento de Raul Prebisch, fundador da CEPAL e principal referência dos economistas latino-americanos durante décadas.
O livro sublinha a atualidade de muitos dos diagnósticos schumpeter-prebischianos – sem daí deduzir, necessariamente, a validade atual de uma “teoria da dependência”, ou mesmo a revitalização da prática de “substituição de importações”.
Troyjo defende a percepção de que, para países que apresentam pequenas taxas de poupança e investimento interno, o caminho do desenvolvimento se faz alternativamente seja pela via do endividamento externo (países-passivos, “borrowing-countries”) ou do comércio exterior e da internacionalização de empresas (países-comerciantes, “trading-countries”).
Nação-comerciante delimita o campo de um projeto eficiente voltado à competitividade internacional sustentada em esforços de promoção comercial e na atração de investimentos estrangeiros diretos. Um verdadeiro “plano de negócios” para o desenvolvimento do Brasil.
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