Em “Nômade” (Cia. das Letras, 2011), Ayaan Hirsi Ali narra sua mudança para os Estados Unidos em busca de uma nova vida, longe dos islamitas europeus que a ameaçaram de morte.
Nesta história da transição da vida tribal à cidadania plena em uma democracia ocidental, Ayaan relata as reviravoltas em sua vida após o rompimento com a família, que a renegou quando ela renunciou ao islã depois do Onze de Setembro. De forma comovente, a escritora somali relata sua reconciliação com a mãe e os primos, e com o pai no leito de morte.
“Nômade” é o retrato de uma família dilacerada pelo choque de civilizações, mas também é um relato sensível, otimista e muitas vezes divertido da descoberta dos Estados Unidos por uma mulher que teme que o país esteja repetindo o erro europeu de subestimar o islã radical. Ayaan convoca instituições ocidentais – como o movimento feminista e as igrejas cristãs – a pôr em prática ações para ajudar outros imigrantes muçulmanos a superar os obstáculos que ela vivenciou em sua assimilação à sociedade ocidental e a resistir à sedução do fundamentalismo.
É também uma importante contribuição para a história das ideias e, acima de tudo, um chamado à ação.
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