A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 5, uma nova tabela com preços mínimos de frete rodoviário. O texto altera a primeira tabela, editada em 30 de maio dentro do pacote negociado pelo governo com os caminhoneiros para acabar com a greve da categoria, que durou 11 dias no fim daquele mês. Os novos preços sofreram um reajuste médio de 5% para acomodar a alta de 13% no óleo diesel anunciada semana passada.
A correção foi discutida nesta Terça-feira (4) em reunião da diretoria da ANTT, que também analisou formas de acelerar a fiscalização do cumprimento da tabela do frete, outra reivindicação dos caminhoneiros.
Veja também:
Por que o tabelamento de preços é ruim para o país?
Os desafios de mobilidade urbana nas cidades brasileiras
“O Estado é o maior concentrador de renda e promotor de desigualdade”
As medidas ganharam tom de emergência depois do último fim de semana, quando circularam boatos sobre uma nova paralisação dos caminhoneiros. A sinalização de que a tabela seria corrigida rapidamente serviu para conter uma nova mobilização. No entanto, uma ala da categoria programa uma manifestação no próximo dia 12 para protestar contra a falta de fiscalização.
O aumento será aplicado sobre a tabela em vigor, a de 30 de maio, e que é alvo de crítica por parte das empresas. Antes do reajuste, as indústrias já indicavam um aumento médio de 12% no custo do frete de suas mercadorias. As entidades representativas do setor produtivo preferiram esperar o anúncio oficial dos novos preços para se manifestar. A assessoria da ANTT avisou na manhã desta quarta que não haverá entrevista para comentar a nova tabela.
Fonte: “Exame”