A filosofia é uma ciência fundamental para sistematizar e organizar hierarquicamente a relação da nossa consciência com a realidade e as questões postas por nossa própria existência.
Costumamos perder muita energia discutindo como tratar as consequências através de medidas paliativas de pouca eficácia enquanto deixamos de lado o debate que deveria ser derradeiro: tratar das causas que geram os problemas que nós mesmos acabamos criando.
O embate final, o grande confronto civilizatório, é um só: individualismo versus coletivismo. Esse é um conflito ético centrado no indivíduo como um fim sem si mesmo ou como uma figura desprovida de propósito a serviço do estado e da sociedade.
A ética coletivista serve para as formigas, as abelhas e as matilhas. Para os seres humanos que pensam e raciocinam, a ética que presta para a nossa existência e bem estar é a individualista.
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Como seres racionais, precisamos ser livres para pensar e agir de acordo com nossos propósitos. Propósito é a materialização do que imaginamos que a vida significa para nós. Viver, florescer e realizar é o que nos faz felizes e essa felicidade é que define o caminho que devemos percorrer nessa experiência única que é viver.
É claro que nem sempre nossas aspirações são do tamanho do nosso talento, da nossa capacidade produtiva, do nosso potencial. Às vezes, além disso, ainda temos que encarar infortúnios, erros e equívocos próprios de quem arrisca melhorar de vida, mas que inicia uma jornada em direção ao sofrimento e à frustração.
Arriscar e errar é humano; o que é desumano é ser impedido de tentar, de pensar e agir livremente, sendo barrado pela censura, por barreiras que colocam à nossa frente através da coerção.
A coerção é o principal inimigo da razão, da liberdade e da criação de valor, elementos sem os quais a felicidade se torna inviável e a vida passa a ter o sabor da morte.
Fonte: “Instituto Liberal”, 23/11/2019