“O que eu não contei”, Azar Nafisi (Record, 2009).
“A história de uma família como reflexo das turbulências e dramas do Irã contemporâneo. Uma grande escritora” – The New York Times
“Um livro de memórias comovente.” – Booklist
“Relato inesquecível.” – The Washington Post
Comecei uma lista em meu diário intitulada O que eu não contei. Sob ela, escrevi: “Apaixonar-se em Teerã. Ir às festas em Teerã. Assistir aos filmes dos Irmãos Marx em Teerã. Ler Lolita em Teerã.” Escrevi sobre leis repressoras e as execuções, sobre abominações públicas e políticas. Finalmente, acabei escrevendo sobre traições particulares, criando implicações para mim e para aqueles que me são próximos de modos que nunca imaginara.
Autora do best-seller Lendo Lolita em Teerã, Azar Nafisi conquistou leitores e críticos do mundo inteiro ao revelar seu universo através das reuniões clandestinas com outras mulheres iranianas para explorar a literatura ocidental proibida em seu país. Em seu novo e igualmente poderoso livro de memórias, ela reafirma sua crença no poder transformador da literatura e oferece aos leitores uma surpreendente Em “O que eu não te contei” dos Unidos desde 1997, retorna à sua infância para narrar a delicada e comovente história de sua família. A mãe complicada e inteligente, frustrada em seus sonhos de levar uma vida produtiva e romântica; cujas exigências e persistência foram moldadas pelas fascinantes ficções que criou sobre si mesma, sua família e seu passado. O pai que escapava da dura realidade do país por meio de outro tipo de ficção, deixando seus filhos encantados pelos contos clássicos de Shanameh, o Livro Persa dos Reis.
O sofrimento da menina com os segredos familiares; uma moça descobrindo o poder de sedução na literatura; um primeiro casamento condenado e o seu reflexo no despertar para a vida política; o preço que uma família deve pagar pela liberdade num país envolvido em revoltas políticas – essas e outras questões são abordadas neste belo painel memorialístico.
Ao voltar no tempo para refletir sobre outras gerações dos Nafisi, “O que eu não te contei” é também um vigoroso retrato de uma família que abrange vários períodos de mudanças que levaram à Revolução Islâmica em 1978-79, transformando o amado Irã de Azar Nafisi numa ditadura religiosa. Escrevendo sobre o histórico mandato de sua mãe no Parlamento, mesmo com seu pai, antigo prefeito de Teerã, na prisão, Nafisi explora as “horas do café” que sua mãe organizava, às quais, no início, as mulheres vinham para fazer fofoca, ler a sorte e assentir silenciosamente sobre coisas nunca ditas, e que depois evoluíram para reuniões nas quais homens e mulheres se encontravam para discutir abertamente os desdobramentos da revolução.
“O que eu não te contei” é uma profunda reflexão pessoal sobre as escolhas das mulheres, e sobre como Azar Nafisi achou a inspiração para uma vida diferente. Este retrato inesquecível de uma mulher, uma família e uma pátria conturbada é um livro surpreendente que envolverá os leitores, mais um triunfo de uma autora que pode ser considerada mestre moderna do estilo autobiográfico.
Fonte: Grupo editorial Record
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