Produzir algo que some ao todo. Pode ser uma parte, peça ou acessório de algo maior, pode ser um serviço, assessoria, consultoria, ou capacitação. A energia que flui do ser humano pode e deve ser bem empregada.
Independente da classe socioeconômica, e por certo com base nos valores filosóficos de propagar o Bem, o indivíduo busca aplicar seus esforços também na construção de um mundo melhor, para si, e para os demais.
Não se trata de utopia ou devaneio. Se existem alguns deslumbrados pelo capital, existem outros dedicados ao voluntariado. E, assim, a experiência do viver pode mesclar as mais diversas histórias, as quais, entrelaçadas, ocasionem conhecimentos a todos e a cada um, diante de suas necessidades.
As diversas nações e suas comunidades subsistem com base nos preceitos acima dispostos. Existem percalços e imprevistos, mas, na maior parte, sobrevivem e até progridem diante do fato constatado de que as avarezas perpetradas ainda não contaminaram a parte maior dos cidadãos, ou seja, da classe trabalhadora – cuja denominação não mais se dirige apenas aos operários da indústria e da construção civil, mas a todos os que se definem juridicamente como empregados. E são muitos, quase todos.
Na medida em que a propagação do saber atravessa fronteiras físicas ou virtuais, a massa silente formada por gente que produz honestamente, ou seja, com muito esforço, ocupando um cargo e exercendo mais cinco funções que não lhe pertencem, e investindo em aprender mais, percebe que algo está errado. Muito empenho, muita determinação, e quando tudo deveria dar certo, não dá.
Observando atentamente, percebem estes cidadãos que existe um parasita. Pior, é um parasita eleito por uma maioria. É o candidato eleito que suga as verbas públicas, as verbas retiradas de cada holerite de cada trabalhador, que deveriam ser destinadas a um país melhor, cada vez melhor. E esse país melhor, não chega, não chega nunca.
Apenas os honestos sabem o que significa o esforço do trabalho e podem usufruir de situações honrosas. Pode ser o momento de entrar no mercado, fazer as compras, e, chegando em casa, ao ver a dispensa e a geladeira fartas, sentir a satisfação de comprar o que seus justos ganhos proporcionam.
Pode ser, também, a festa de formatura dos filhos, os quais nem sonham com as agruras até então sofridas para que pudessem ter acesso a uma educação melhor. Ou as viagens que se tornaram possíveis depois de tanto esforço e horas extras.
São conquistas sofridas demais, por certo. Ao mesmo tempo, são conquistas dignas. E dignidade, não está à venda. São conquistas que proporcionam sentimentos válidos para uma vida inteira. Satisfação, prazer, moral, retidão, e as mais importantes, paz e felicidade.
O ideal seria que os parasitas não existissem. Enquanto se luta contra eles, resta a incomensurável satisfação de saber que, quando alguma vantagem se dá por meio da corrupção, o corrupto jamais poderá sentir a essência da vida como ela é. Bela e justa.
De fato, ser somente o 73º colocado entre 183 países investigados é um índice que envergonha nosso povo e que confirma a corrupção endêmica que toma conta do Brasil. Não é preciso que se recorra a notícias de outrora para se encontrar o indício disso tudo: basta analisar quantos ministros do atual governo já caíram – e quantos ainda têm sobre os seus ombros graves acusações.
Atribuo nossos índices altíssimos de corrupção à falta de investimento na educação do povo brasileiro, que engatinha.
Supõe-se que a Democracia seja um regime com participação popular nas melhores decisões para o país, só que por aqui essa idéia não se fixou muito porque o que está arraigado no meio político fala mais alto do que a voz do povo: a corrupção e a impunidade aos políticos ladrões é um câncer que gera outras modalidades do mesmo, só para se ter como exemplo a baixa qualidade e ineficácia da educação, saúde e segurança então nem se fala. A violência é demonstrada das mais diversas formas.