Líderes da oposição culparam os rumos da economia nos últimos anos por alguns resultados negativos apontados pela Pesquisa Nacional Por Amostragem de Domicílios (Pnad) em 2013. Segundo a pesquisa, a taxa de desemprego cresceu de 6,1% em 2012 para 6,5% em 2013, o que não ocorria desde 2009. Além disso, aumentou a desigualdade no país, fenômeno que não acontecia há 12 anos. O líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (BA), disse que os resultados mostram o “fracasso da economia” do governo da presidente Dilma Rousseff.
— São os resultados de uma administração que fracassou na economia, frustrou os brasileiros nos serviços públicos mais importantes e e penaliza os brasileiros, notadamente os mais pobres. Uma das consequências mais impactantes disso é o desemprego e o empobrecimento da população, que hoje convive com o retorno da inflação e o crescimento zero — disse Imabassahy, alegando que a vontade é de “mudança”.
Na mesma linha, o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), disse que o governo federal está colhendo os resultados de sua política econômica. Para ele, as manobras fiscais realizadas pelo governo petista não produziram efeitos reais em termos de benefício da população, apenas o fechamento das contas. E acrescentou que a Pnad mostra os efeitos dos anos ruins, em especial em 2013.
— O governo Dilma começou a colher o que plantou, principalmente na política de maquiagem (das contas) e maquiagem só do discurso. Na economia, não produzimos resultados reais. O que estamos vivendo é ainda resultado da gestão de Fernando Henrique e do primeiro mandato de Lula. O Brasil está com inflação crescente e o desemprego começa a voltar — disse Mendonça Filho.
Do lado governista, o discurso é de que a Pnad é de “estabilização” dos índices. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse que o índice de Gini ficou estável, oscilando de 0,496 para 0,498.
— O que aconteceu no índice de desigualdade, de pobreza foi a manutenção do índice de Gini. Houve uma estabilidade, já que houve uma mudança na quarta casa decimal. Do ponto de vista do desemprego, também acredito que há estabilidade. Afinal, uma taxa de 6,5% ainda é uma taxa que muitos países gostariam de ter. Tudo isso está refletindo os anos difíceis, quando o Brasil cresceu menos, como em 2013 — disse Humberto Costa.
Fonte: O Globo
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