O governo anunciou nesta quarta-feira um mega pacote para a construção de habitações populares, no montante de R$ 34 bilhões, com grande ênfase nas cidades do nordeste, grandes eleitores do governo Lula.
Denominado “Minha casa, minha vida”, ficou estabelecido em R$ 130 mil, o valor máximo do imóvel, a ser comprado por famílias com renda entre três e dez salários mínimos para as regiões metropolitana do Rio, São Paulo, Brasília, BH, entre outras; para os municípios acima de 500 mil habitantes e demais capitais e seus municípios limítrofes, o valor cai para R$ 100 mil, e para os demais municípios, o limite é de R$ 80 mil.
Deste aporte de R$ 34 bilhões na construção de 1 milhão de casas populares, num prazo de até dois anos, R$ 400 mil serão destinados para as famílias com renda de até três salários mínimos, e o restante, para os que têm renda de três a dez salários mínimos. O governo federal espera, com o pacote, reduzir o déficit habitacional no país (hoje em 8 milhões de residências) em 14%.
A dúvida é saber se este aporte de recursos será eficiente no seu processo de alocação ótima e se o prazo de dois anos é factível. Não acreditamos que nenhum destes dois questionamentos seja cumprido. Duvidamos que o governo consiga descarregar estes recursos no setor habitacional, até porque o histórico do PAC mostra que a burocracia e os trâmites variados, como o de licença habitacional entre outros, são os grandes obstáculos para a execução destas obras.
Sobre o pacote Geithner, detalhado na segunda-feira, as dúvidas são duas: saber se existe demanda para estes ativos podres, e se os bancos privados estarão dispostos a expor as suas fraquezas ao mercado, na colocação dos ativos podres para leilão por preço mínimo. Naturalmente, as instituições financeiras mais carregadas destes ativos, passarão a ser vistas com desconfiança pelos mercados.
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