O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou hoje, dia 28, uma ação que deve limitar a influência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) dentro do STF. A votação acontece após as polêmicas declarações da corregedora do CNJ, Eliana Calmon, que questionou a honestidade dos juízes do supremo, em entrevista concedida a Associação Paulista de Jornais (APJ). A corregedora disse que há bandidos infiltrados na justiça e que eles se escondem atrás de togas.
Em resposta as acusações de Eliana Calmon, o Ministro Cesar Peluso, Presidente do STF e do CNJ, divulgou uma nota oficial criticando a postura da corregedora. Segundo Peluso, além de lançar dúvidas sem provas sobre a honra de milhares de juízes, as declarações de Eliana Calmon desacreditam a instituição perante o povo.
Diante da repercussão negativa das suas afirmações, a corregedora nacional de justiça procurou amenizar a situação. Em entrevista a Globo News, ela disse que estava se referindo a uma minoria de juízes. Embora tenha mudado o tom, Eliana Calmon ressaltou a necessidade promover mudanças no Poder Judiciário.
Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante a redução do poder de fiscalização do CNJ representaria um retrocesso. “Vamos voltar para um tempo de trevas na justiça brasileira”, disse Cavalcanti. Autora da ação que prevê a diminuição dos poderes do CNJ, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) acredita que cabe as corregedorias dos tribunais estaduais investigar as denúncias contra os juízes.
Leia mais sobre o assunto no artigo do historiador Marco Antonio Villa: “Um poder de costas para o país”
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