O Instituto Não Aceito Corrupção, associação civil de caráter nacional, apartidário e multidisciplinar, chamou de “chocantes e inimagináveis” atos praticados no plenário da Câmara dos Deputados, relacionados ao projeto 10 Medidas Contra a Corrupção. Os parlamentares pretendiam votar a anistia do caixa 2.
“[Os parlamentares] pretendem óbvia e visivelmente produzir lei para se autobeneficiar e se autoblindar, afastando-se da busca do bem comum que deve nortear os homens públicos, gerando revolta e danos graves à nação brasileira, produzidos pela impunidade que pretendem, ao arrepio do Estado Democrático de Direito em especial ao Poder Judiciário. Feriram de morte o princípio constitucional da separação dos poderes”, afirma nota da diretoria do instituto.
Para a instituição, causa repulsa a articulação de emenda parlamentar no sentido de anistiar de forma ampla, geral e irrestrita, sem motivo, os autores de todas as espécies de atos ilícitos tendo por objeto recursos ilegalmente captados e não contabilizados em campanhas eleitorais (“caixa 2”).
A entidade ressalta especialmente que o grupo articulador inclui parlamentares suspeitos de corrupção. Além disso, o grupo tenta plantar a emenda em projeto anticorrupção de iniciativa popular com mais de 2.400.000 assinaturas. “O gesto representou profundo desrespeito aos brasileiros e aos princípios republicanos, além de inédita infidelidade aos mandatos que lhes foram conferidos pelo povo”, explicam.
“Como se não bastasse, a pretensão de deliberar sem identificação dos votos dos parlamentares, à exceção dos partidos PHS, PPS, PSOL e Rede foi assinte escandaloso aos princípios da moralidade e publicidade”, afirma.
O Instituto Não Aceito Corrupção convidou a sociedade a se manifestar contrariamente e convocou a cada um dos deputados federais na próxima terça-feira a refletir acerca de suas responsabilidades e compromissos assumidos perante a nação nas eleições de 2014.
Fonte: Contas Abertas.
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