O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, conquistou definitivamente os brasileiros. A aceitação da ferramenta apenas em seus três primeiros meses de vida é “impressionante”. Mais de um terço da população (38%), porém, ainda não experimentou a novidade. As constatações são da primeira edição do novo Radar Febraban, pesquisa da entidade que representa os bancos no País que foi realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe).
+Pix promete trazer grande transformação nos meios de pagamento
O nível de satisfação dos brasileiros que usam o Pix para pagar ou transferir é “muito elevado”, conforme o levantamento, em todos os estratos demográficos. Para 58% dos entrevistados, a nota dada à nova ferramenta vai de sete a dez. Somente 3% estão na outra ponta, com notas de zero a três. Na média, a nota atribuída ao Pix é de 8,9, conforme a pesquisa da Febraban.
“Nesses primeiros três meses não usaram o Pix principalmente as mulheres, os mais velhos, e aqueles com menos escolaridade e renda”, afirma a entidade na pesquisa lançada na terça-feira, 30.
A Febraban também procurou saber como o brasileiro está usando o Pix e para quais finalidades. Em questão de múltiplas respostas, 43% afirmam que fazem transferência bancária. Outros 37% dizem que o Pix é a escolha na hora de realizar pagamentos, enquanto 32% o utilizam para receber, e 31%, para obter recursos via transferência.
Pix: como novo meio de pagamento desafia indústria de cartões, maquininhas e grandes bancos
O Pix é utilizado ainda como aplicativo de relacionamento, conforme a pesquisa da Febraban. Embora o uso seja alegado por 1% dos 3 mil entrevistados pela pesquisa, aplicado à população do País, o número corresponde a um universo de cerca de um 1,6 milhão de brasileiros. Entre os mais jovens, chega a 4%.
Em relação à segurança do Pix, quase um terço dos entrevistados (27%) considera que os bancos oferecem a ferramenta mais segura, contra 15% daqueles que apontam as fintechs como mais seguras. Um terço (29%) vê conforto em ambos, e o mesmo porcentual não sabe avaliar.
Fonte: “Estadão”, 31/04/2021
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