Quando se trata de liberdade econômica, o Brasil encontra-se entre os piores países do mundo para realizar investimentos. Mesmo assim, na comparação com os estados brasileiros, ainda há muita disparidade quanto aos benefícios e facilidades de abrir um negócio. Pensando nisso, o Centro Mackenzie de Liberdade Econômica lançou uma iniciativa que analisa as políticas das unidades da federação para definir quais são as regiões mais e menos atrativas para os empreendedores.
O Índice Mackenzie de Liberdade Econômica Estadual 2017 utiliza a mesma metodologia do renomado Fraser Institute, criado no Canadá para ranquear os países da América do Norte. O levantamento varia de zero a dez, de acordo com o nível de liberdade. Os resultados encontrados no Brasil foram surpreendentes. No topo da lista, está o Mato Grosso do Sul, com nota 7.33. No bloco das federações mais bem avaliadas, estão também São Paulo, Santa Catarina, Pará, Pernambuco e Bahia.
Na retaguarda da pesquisa, entre os piores estados, encontram-se Piauí, Sergipe, Roraima, Acre, Amapá e Rio de Janeiro. Este último merece destaque, como salienta o coordenador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica, Vladimir Fernandes Maciel. “O Rio de Janeiro é um dos estados mais ricos do Brasil e aparece no último grupo do ranking. Ele tem recebido, nos últimos anos, uma série de investimentos, mas os dados mostram que empreender na região é muito difícil. Alguns empreendedores mudam seus negócios para outras unidades da federação, pela dificuldade que existe”.
Um dos objetivos do índice é estimular os governos a adotarem políticas públicas que ampliem a liberdade na economia, permitindo um maior crescimento. O cálculo do ranking é feito com base em uma média que utiliza três demonstradores: os gastos públicos, a tributação e o mercado de trabalho de cada região.
“Esse é um indicativo para incomodar e mobilizar essa discussão em torno do desenvolvimento econômico através da liberdade. Até hoje, a humanidade não inventou algo mais eficiente do que a economia liberal. É ela que garante incentivo para as pessoas tentarem coisas novas, colocarem novas ideias no mercado, criarem produtos e serviços e, ao fazerem isso, gerarem mais emprego e renda, reduzindo a pobreza”, comenta Vladimir, salientando que a pesquisa será aprofundada, expandida e atualizada anualmente, para que fique à disposição da população. “Essa ferramenta serve para discutirmos como podemos melhorar o país. O empresário, além de olhar o mercado consumidor, pode prestar atenção ao ambiente em que ele será melhor sucedido ao abrir um negócio”. Ouça!
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