O petróleo recuou 1% nesta quinta-feira (20), depois de a Reuters publicar que a Opep+ busca resolver um excesso de oferta diário de mais de 2 milhões de barris e em meio a uma alta inesperada no número de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, sinalizando uma desaceleração na recuperação econômica.
O petróleo Brent fechou em queda de 0,47 dólar, ou 1%, a 44,90 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) para entrega em setembro recuou 0,35 dólar, ou 0,8%, para 42,58 dólares o barril, em seu último dia de negociações. O contrato outubro do WTI, mais ativo, cedeu 0,29 dólar, ou 0,7%, a 42,82 dólares/barril.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, que formam o grupo conhecido como Opep+, disseram nesta quarta-feira que o ritmo da recuperação do mercado de petróleo aparenta estar mais lento do que se antecipava, alertando para crescentes riscos de uma segunda onda prolongada da pandemia de coronavírus.
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Os preços foram mais pressionados depois que a Reuters noticiou que alguns membros da Opep+ precisarão fazer um corte adicional de oferta de 2,31 milhões de barris por dia (bpd) para compensar o recente excesso de bombeamento.
Além disso, os mercados globais também foram afetados pelo número dos pedidos de seguro-desemprego nos EUA, que na semana passada voltou a superar a marca de 1 milhão.
“A recuperação da atividade econômica global, que de certa forma explicou os preços firmes do petróleo no período de maio a junho, estagnou… O ambiente macro para o petróleo continua demonstrando fraqueza”, disse Georgi Slavov, da Marex Spectron.
Fonte: “G1”, 21/8/2020