Os preços do petróleo afundaram cerca de 4% nesta segunda-feira (21), com o crescente número de casos de coronavírus gerando preocupações quanto à demanda global e uma possível retomada na produção da Líbia ampliando os temores de um excesso de oferta da commodity.
O petróleo acompanhou outros mercados de ações e commodities em meio à aversão ao risco nesta segunda, já que o aumento nas contagens de Covid-19 na Europa e em outros países desencadeou novas medidas de “lockdown”, colocando em dúvida a recuperação econômica.
“Estamos vendo mais notícias deprimentes sobre a demanda por combustível de aviação”, disse Gary Cunningham, diretor de pesquisas de mercado da Tradition Energy em Stamford, Connecticut. “Vemos um mercado muito mais fraco. O panorama econômico já não parece tão otimista quanto antes.”
O petróleo Brent fechou em queda de US$ 1,71, ou 3,96%, a US$ 41,44 por barril. Já o petróleo dos Estados Unidos (WTI) recuou US$ 1,80, ou 4,38%, para US$ 39,31 o barril. Ambos os contratos registraram os maiores declínios em duas semanas.
Leia também:
Lei do gás pode estimular competitividade, mas é preciso fazer mais
Desestatização gera emprego e renda, destaca Igor Matos
Mais de 30,78 milhões de pessoas já foram infectadas pelo coronavírus, segundo contagem da Reuters. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, cogitou nesta segunda (21) um novo “lockdown” nacional, enquanto os números de casos também subiram na Espanha e França.
Enquanto isso, trabalhadores retomaram as operações no campo de Sharara, na Líbia, de acordo com dois engenheiros que atuam no local, depois de a National Oil Corporation anunciar a suspensão parcial de uma medida de força maior. No entanto, ainda não está claro quando e a que nível a produção de petróleo na área poderá ser retomada.
Fonte: “G1”, 22/9/2020
Foto: Mark Felix/AFP