O Judiciário brasileiro consome o equivalente a 1,2% do PIB por ano, o que o torna um dos mais caros do mundo. Seu peso no orçamento é infinitamente maior do que o que se gasta em saneamento básico e transferências da União para educação básica, por exemplo. Para completar, é um sistema cujo custo pesa muito no orçamento dos mais pobres, no entanto são os mais ricos os que mais acessam, não raramente ainda conseguindo o benefício da gratuidade da Justiça.
A 9ª edição do Millenium Papers faz um diagnóstico e apresenta soluções para vencer alguns dos principais problemas do Judiciário: a morosidade, o excesso de litigância e a falta de acesso dos pobres à Justiça.
De autoria do professor da FGV, Luciano Benetti Timm, o estudo “Propostas para uma reforma do sistema de Justiça no Brasil: como evitar a tragédia do poder judiciário” propõe medidas baseada em uma Análise Econômica do Direito, que importa teorias do comportamento humano usadas pelas ciências econômicas para se pensar na organização do sistema de Justiça.