No artigo “Vereador: você pode ter o seu”, publicado no jornal “Folha de S. Paulo” nesta segunda-feira 17 de setembro, o cientista político Eduardo Graeff aconselha o eleitor a “distritalizar” o voto no candidato à vereador e acompanhar sua atuação na Câmara Legislativa.
Graeff destaca a importância do voto consciente para o cargo de vereador, já que o eleito representa apenas uma parcela da cidade: “O vereador pode ser menos importante para você, mas você tende a ser mais importante para o vereador. Como o prefeito é um e os vereadores são muitos, há menos eleitores por vereador do que por prefeito. O prefeito é da cidade inteira; o vereador, de uma parcela da cidade. Por isso tende a ser mais fácil falar com um vereador para fazer reclamações e sugestões”, afirma.
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O cientista político também explica como escolher o candidato a vereador. Escolher um representante que tenha a região em comum com o eleitor é uma boa opção: “Melhor seria adotar por lei o voto distrital. Na falta disso, muitos eleitores o adotam na prática: concentram sua votação num candidato do distrito ou bairro. Sabem que é melhor ter do que não ter um representante do bairro na Câmara Municipal. Se o seu bairro tem um representante, e você não tem objeções éticas ou políticas à sua atuação, pode ser uma boa ideia reelegê-lo. Se não, busque alguém que mereça sua confiança entre os candidatos com presença no bairro”.
Ao fim do artigo, o autor lembra que apesar de muitos eleitores reclamarem da omissão dos candidatos eleitos, a recíproca pode ser verdadeira: “O eleitor esquece em quem votou”. Graeff aconselha: “Invista na escolha do seu vereador. Acompanhe sua atuação. Acione-o quando necessário. Assim você evita o esquecimento recíproco e faz a democracia funcionar melhor.”
Fonte: Folha de S. Paulo
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