“Radicals for Capitalism: A Freewheeling History of the Modern American Libertarian Movement” (Public Affairs, 2008) de Brian Doherty.
A primeira década do novo século marca o fim de uma era na tradição da literatura liberal. Desde os anos 1920, com o lançamento de Socialismo de Mises, a corrente libertária vem pontuando cada década com um marco na tradição liberal. Os anos 1930 tiveram Our Enemy, the State de Nock; os 1940 tiveram O caminho da servidão de Hayek; os 1950, Quem é John Galt? de Ayn Rand; os 1960, Capitalismo e liberdade de Friedman; os 1970, Anarquia, estado e utopia de Nozick; os 1980, A ética da liberdade de Rothbard; e os 1990 fecharam o século com O livro negro do comunismo. Seria possível, ainda, montar uma lista de similar envergadura citando apenas obras aqui omitidas. Órfãos de seus principais heróis intelectuais – o último, Milton Friedman, faleceu em 2006 – os liberais do século XXI se descobriram com a responsabilidade de alimentar a tocha da liberdade com novo combustível intelectual. Para esse empreendimento, Radicals for Capitalism é indispensável. Não há outra introdução ao pensamento libertário mais completa para aqueles que preferem entender ideias abstratas através de uma narrativa histórica. Ao resgatar toda a tradição libertária com uma abrangência jamais feita, Brian Doherty permite aos liberais do novo século escreverem suas primeiras páginas conscientes do lugar que ocupam no contexto da tradição liberal.
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