No segundo volume do estudo “A reforma esquecida: obstáculos e caminhos para a reforma do processo orçamentário” (FGV,2014), organizado por Fernando Rezende e Armando Santos Moreira Da Cunha, a defesa da tese de que é preciso pôr a reforma orçamentária na agenda das reformas importantes para o futuro do país ganha um poderoso aliado: a insatisfação da sociedade, expressa nas manifestações que eclodiram em muitas cidades brasileiras, relacionadas à má qualidade dos serviços públicos. Os cidadãos vão às ruas para manifestar sua inconformidade com o tempo despendido, o dinheiro gasto e o desconforto experimentado nos deslocamentos diários para o trabalho; com as condições de saneamento das cidades; e com o aumento da insegurança e da violência, que geram um clima permanente de tensão. Mas ninguém se lembra de que boa parte dessas dificuldades tem a ver com o pouco caso dispensado ao orçamento. Ao agregar novos elementos ao estudo das distorções que o orçamento público foi acumulando, o livro destaca os obstáculos a serem enfrentados, e esboça os caminhos que podem ser trilhados para avançar no rumo da reforma orçamentária.
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