O advogado e especialista do Instituto Millenium Sebastião Ventura defendeu a retomada do debate sobre a reserva de vagas no evento “Cotas raciais na universidade brasileira”, promovido pela Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, na última quarta-feira, dia 26/o9. “Precisamos afastar o radicalismo ideológico do debate sobre as cotas e analisar as ideias a partir de seus fundamentos, sem revanchismo”, declarou.
Para Ventura, a reserva de vagas nas universidades é fruto de políticas educacionais ineficientes.“ O governo utiliza as cotas porque o sistema educacional tradicional não oferece condições para que os jovens entrem nas universidades públicas por mérito próprio”.
O advogado explicou que o caráter transitório da política de cotas confirma a necessidade de se reformar o ensino oferecido pelas escolas públicas do país. Ele acredita que os defensores das cotas fazem uma crítica indireta ao governo. Para ele, a reserva de vagas representa uma “legislação de oportunidades”, que mascara o problema real, ao mesmo tempo em que busca agradar aos universitários, que são também eleitores. “O governo não investe em educação e precisa da política de cotas porque ela afeta os universitários. Mesmo porque os universitários votam e as crianças não”.
O especialista também questionou a constitucionalidade da lei que estabelece a reserva de no mínimo 50% das vagas por critérios raciais e sociais. “Segundo a Constituição, a regra para o acesso as universidades é meritocrática”, afirmou.
Na visão de Ventura, o Estado deve oferecer um sistema educacional que prepare os indivíduos para exercitar a cidadania, respeitando as diferenças culturais. “A diversidade precisa ser um instrumento de melhora e não de divisões, como se tivéssemos uma sociedade de vencidos e vencedores”, conclui.
A política de cotas do governo federal para mim tem um efeito simbólico pois é uma política de grande visibilidade embora tenha pouquíssimo efeito prático. Ela serve de propaganda do compromisso do PT com a redução da desigualdade embora seu alcance seja insignificante neste aspecto. As vagas nas universidades federais são a minoria absoluta das vagas no ensino superior bem como as vagas no serviço público no universo das ofertas de emprego. Quanto a empresas do setor privado, sujeitas a competição, elas tem interesse em profissionais qualificados que gerem bom retorno e a questão racial é terciária. Para mim, esta política parece desenhada para alimentar uma tensão e cultivar uma separação de classes na sociedade brasileira. Como já diziam os romanos, dividir para governar.
É como diz o ditado: Para cada questão difícil e complicada , há sempre uma solução simples e errada.
Tudo isso contraria frontalmente nossa constituição que diz que todos são iguais, com os mesmos direitos e os mesmos deveres! Por favor, analisem a forma do Uruguay nosso vizinho e amigo País. Tudo gratuito, meritocracia! Aqui me parece os interesses serem outros, políticos e mercantilistas.
A meritocracia é a melhor forma de ingresso nas universidades e serviços públicos.As cotas vão acentuar as desigualdades.Não se pode tentar resolver a deficiência do ensino fundamental facilitando a entrada na faculdade.Mas li recentemente que foi aprovada na Câmara o projeto de lei de 10% do PIB para o ensino fundamental.Por enquanto as cotas estão limitadas em 12,5%. O problema vai ser sentido mesmo depois que chegarem a 50%.
Entrar numa faculdade por cota (e não por merecimento por ter estudado) é um dos fatos mais estupidos que eu poderia observar em minha vida – literalmente estao legalizando a burrice e bem pior, colocando as claras que os negros sao inferiores aos brancos. Ate onde sou conhecedor, aluno que entra por cotas não se mantem por muito tempo – ou ele pega pesado nos estudos ou acaba excluido por falta de nota. Se querem mostrar algo, que tal melhorar as escolas de ensino básico, os postos de saude (abandonados) e essa estupidez chamada ‘educação continuada” onde o sujeito sai da escola mal sabendo DESENHAR o nome? Não da gente… não da mesmo – daqui a pouco aparece alguem pedindo cota p coreano, chines, polones, etc etc etc- pobre Brasil – confundindo qualidade com quantidade
Já temos cota a alguns anos, como tem sido o desempenhos dos cotistas?????
Cria-se uma casta de privilegiados. Simples assim.
Vejam os sem-terra. Vejam os que recebem o bolsa-familia.
Quantos % desses beneficiarios progrediram ?
Investe-se bilhoes e bilhoes, e nao se ve retorno a sociedade.
Nao adianta, Brasil. Nao ha atalho. Tem que educar o povo. Tem que instruir o povo. Tem que criar mecanismo de incentivar a educacao do povo.