Quase metade dos órgãos públicos federais não tem auditorias internas ou tem estruturas insuficientes, em fase inicial ou intermediária, segundo um levantamento inédito de governança aprovado nesta quarta-feira pelo plenário do Tribunal de Contas da União (TCU). O trabalho foi relatado pelo ministro Augusto Nardes e envolveu os tribunais de contas nos estados e municípios.
Os índices envolvem aspectos de controle interno, liderança e estratégia também nos governos estaduais e municipais. O TCU detectou que 45% dos órgãos federais não têm uma função “aprimorada” de auditoria interna – em 6%, esse tipo de controle ainda nem chegou a ser implantado. A situação é ainda mais grave para outra variável analisada pelo tribunal: gestão de riscos. Neste caso, apenas 7% se encontram em estágio aprimorado.
Quando se leva em conta todos órgãos públicos analisados – federais, estaduais e municipais -, 54% de todas as organizações estão em fase inicial de implantação de auditoria interna. Além disso, conforme o levantamento do TCU, 48% de todas as organizações não têm definidas diretrizes para analisar situações de conflito de interesse. “Esses resultados refletem a fragilidade da função da auditoria interna nessas organizações, pois aumenta o risco de sua manipulação por interesses particulares”, cita o relatório aprovado.
O levantamento coletou informações de 380 órgãos da administração pública federal, 893 organizações públicas estaduais e 6.497 organizações municipais. A partir disso, foi calculado o chamado índice geral de governança (IGG), que levou em conta três mecanismos de governança:. A mensuração dessas práticas levou a um índice, a um percentual de governança.
O IGG para órgãos públicos federais ficou em 54%. Já o melhor IGG nos estados é na Região Sul, com 55%, seguida da Região Sudeste, com 52%. O pior foi verificado no Norte, com 39%. Os municípios do Centro-Oeste têm o melhor IGG, com 47%, seguidos do Sul, com 45%. Cidades do Norte e Sudeste têm um IGG de 40% cada.
Fonte: Extra.
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