“The Bourgeois Virtues: Ethics for an Age of Commerce” (University of Chicago, 2007) de Deirdre McCloskey.
The Bourgeois Virtues é certamente o projeto acadêmico liberal mais ambicioso da década. McCloskey não quer apenas argumentar que a economia de mercado nos tornou pessoas mais eficientes. Ela quer defender que a economia de mercado nos tornou pessoas melhores, mais virtuosas — e fazer essa defesa em um tomo de mais de 600 páginas (supostamente o primeiro em uma série de 4 volumes) perante um público-alvo condicionado a atirar pedras ao som da palavra burguesia. McCloskey balanceia seu esforço hercúleo com um estilo ensaístico, conversacional, sem jamais perder a erudição. O escopo de seu trabalho dificilmente encontra paralelos entre economistas liberais, vivos ou mortos. Ao promover a esperança, a fé, o amor, a justiça, a coragem, a temperança e a prudência, nenhum outro livro desta década consegue com mais sucesso defender a tese de que o mercado não apenas permite ao homem ganhar o mundo, como também pode ajudá-lo a não perder a alma.
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