A revista “The Economist” criticou o modelo de crescimento acelerado da China em reportagem do dia três de setembro. A publicação apontou as deficiências da corrida por modernização do país, que “pulou etapas, driblou padrões de segurança e envolveu uma quantidade astronômica de corrupção”, enfraquecendo a ideia de que os resultados econômicos positivos da China tenham sido resultado de uma administração prudente do Partido Comunista Chinês.
A reportagem revelou que apesar do número de empresas controladas pelo Estado ter caído quase 2/3 entre 1995 e 2001, o que acontece não é uma privatização total. A participação estatal se mantém presente de diversas formas. Uma delas é a venda de ações minoritárias de gigantes industriais estatais, que operam como ministérios do governo, como é o caso do Banco de Construções da China. Há também os joint-ventures entre companhias privadas (na maioria das vezes estrangeiras) e as estatais chinesas, que em troca de tecnologia garantem acesso ao mercado do país.
“The Economist” mostrou que mesmo com o crescimento acelerado, o estadismo chinês pode custar caro. A corrupção e a falta de incentivo à iniciativa privada são problemas sérios que contestam a qualidade do desenvolvimento da China, que, como candidata a grande potência mundial, deveria estar atenta a isso.
Fonte: Opinião e Notícia
Leia mais sobre capitalismo chinês no artigo de Rubens Barbosa.
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