Com a privatização da Eletrobras mais distante depois da decisão do Supremo Tribunal Federal, o governo volta a buscar agendas positivas para o fim de mandato. Desta vez será lançado nesta segunda-feira mais um plano de obras em logística. O pacote será aprovado e organizado pelo Programa de Parcerias de Investimentos, o PPI.
Para ajudar a alavancar a agenda, o pacote foi batizado de Plano Nacional de Logística (PNL), tal qual tantos outros antecessores. Além do próprio PPI, que se propunha a isso, é o caso do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Programa de Investimento em Logística, ambas marcas dos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Nenhum, contudo, sanou as carências de infraestrutura do país.
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Segundo o jornal Folha de S. Paulo adiantou, o novo plano do governo deve se prestar a economizar 54,7 bilhões de reais nos custos de transporte até 2025 por conta de uma melhor estrutura logística e diminuição dos gargalos à indústria. Haveria redução da dependência do transporte rodoviário, de 64% para 50% dos deslocamentos. O ferroviário seria prioridade, subindo de 18% para 31%.
Outra promessa é de que a lista de prioridades será definida pela Empresa de Planejamento e Logística, restringindo manobras do núcleo político para que os projetos não fiquem restritos apenas a gerar triunfo eleitoral para a campanha que se aproxima. É um filme que o Brasil, um país com uma infraestrutura de terceiro mundo, conhece.
Fonte: “Exame”