A preservação das condições de habitabilidade da Terra dependem apenas de dois conceitos abstratos que são profundamente inter-relacionados, sem um não existe o outro: liberdade individual e propriedade privada.
Liberdade individual para se agir na criação, manutenção e disposição de valores, sejam eles materiais, intelectuais ou espirituais que constituirão a propriedade.
Propriedade privada para garantir a liberdade individual, mas também impedir que os indivíduos, no exercício de sua liberdade, não violem os direitos de propriedade alheios com a geração de externalidades negativas.
Propriedade privada e liberdade individual são não apenas suficientes, mas determinantemente necessárias para que se obtenha o desenvolvimento potencial que a humanidade pode gerar.
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Propriedade privada e liberdade individual são a base para que a humanidade possa se sustentar sem que o próprio ser humano seja um malfeitor para seus semelhantes.
O processo de desenvolvimento e sustentação da vida na Terra requer, exige e demanda de forma incondicional que a liberdade individual e a propriedade privada sejam disseminadas.
Na história recente e remota, já se viu que não há nada mais deletério para a vida humana, para a vida em geral, para o nosso planeta que a supressão da liberdade individual e da propriedade privada.
A tragédia dos comuns é uma realidade, tanto para comunidades onde as pessoas abdicam voluntariamente de seus direitos individuais, como, principalmente, quando esses direitos são violados pela coerção, seja ela estatal ou não.
O mais radical dos ambientalistas só provaria seu amor à causa se fosse ele próprio, como eu, um capitalista radical.
Desconfie de todo comunista que defende pautas ambientalistas. A preocupação deles não é a com o planeta nem com a humanidade, nem com os pobres ou os animais secagens. A única preocupação dele é por incapacidade própria não conseguir criar valor como os seres humanos produtivos e inovadores criam para a sociedade e para si.
Todo ambientalista que não defende o capitalismo radicalmente é, ou um ressentido que inveja quem tem mais, ou um ignorante místico que se coloca de joelhos perante a natureza.
O papel dos governos não é o de legislar sobre o clima ou a produção, é o de proteger os direitos à vida, à liberdade, à propriedade e à busca da felicidade. Se os governos fizerem só isso, garantindo aos homens criativos e produtivos liberdade para criar e usufruir dos valores que trazem à existência, o planeta Terra seria muito melhor para todos, inclusive para os ressentidos e vulneráveis.
Não existe contradição entre preservação do planeta e produção de bens e serviços onde a liberdade individual e a propriedade privada são absolutos. Qualquer intenção destrutiva do homem só se materializa à revelia desses princípios.
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O que falta para nossa sociedade é racionalidade, reconhecer que nossos problemas existenciais só se resolvem com o uso da razão; honestidade intelectual, perceber e compreender a realidade como ela é, sem evadir-nos ou nos enganarmos; produtividade intelectual, entender as leis da natureza e aproveitá-las para transformarmos ambientes hostis em um confortável lar para vivermos seguros, saudáveis, com longevidade; justiça implacável, dando e aceitando a cada coisa e a cada ser aquilo que ele merece.
A vida na Terra já é hostil por sua própria natureza, mas o universo é benevolente, as leis da natureza estão ao alcance da nossa compreensão, podemos agir para destruir a nós mesmos, como na tragédia dos comuns, ou podemos ser virtuosos, construindo instituições que nos permitam florescer para criar um ambiente onde cada um produz os valores que serão mantidos, trocados ou consumidos para que no final sejamos todos mais felizes.
Fonte: “Instituto Liberal”, 26/09/2019