Imagine estar na Itália, em plena Emília Romana. Agora imagine estar na companhia de empresários, chefs e pesquisadores da área de alimentos de todo o mundo, incluindo universidades como Berkley e MIT, num curso que buscar conhecer / experimentar / descobrir qual será o futuro da alimentação no mundo. Imagine estudar e criar formas de reunir e aplicar conceitos como inovação em modelo de negócios, design thinking, lean startup com agricultura orgânica, impressão 3D de alimentos, robótica, alimentação funcional, culinária molecular… tudo que há de mais “moderno” nas tendências em gastronomia.
Imagine que esse programa tenha o apoio de empresas como a Barilla, Alce Nero (empresa pioneira de orgânicos na Itália), Mars, SMEG, Angelo Pó, GoogleFood e Future Food Institute e parceira da EXPO Milano 2015. Por fim, imagine poder conhecer por dentro o “segredo” de ícones da culinária mundial como o Lambrusco D´Emilia Romana, o Aceto Balsâmico de Modena, o Prosciuto de Parma, Queijo Parmiggiano Regiano. Essa é a experiência que a gaúcha Letícia Jenicsek está vivendo até o final desse ano, a única Latino Americana na primeira turma da “Food innovation Program”.
“Somos responsáveis pelo nosso próprio aprendizado e por isso o que acho interessante é a diversidade de opiniões dos professores sobre o mesmo tema gerando discussões incríveis. Por exemplo… o que é natural? Se plantar o alimento no solo sem agrotóxico ou recriar o mesmo ambiente em sistemas controlados em que não temos que lidar com todas as intempéries e inconstâncias do clima e oferecer todos os nutrientes para que a planta cresça saudável? As pesquisas do MIT mostram que se pode criar alimentos mais nutritivos e saudáveis em ambiente controlado”, conta Letícia. “O curso vai bem além de pensar produtos gourmet ou não. Mas repensar todo o sistema das formas de produção até a embalagem e a reutilização do desperdício dos alimentos criando novos produtos do que seria ´lixo´”
Janicsek acredita que o futuro vai ser de alimentos preparados de forma personalizada, pois teremos muito mais dados sobre nossa saúde e necessidades de nossa “microbiota”. “Até mesmo as grandes indústrias reconhecem que terão de investir mais em orgânicos”, prevê a pesquisadora e empreendedora.
O entusiasmo de Letícia aumenta quanto ela conta dos planos que tem para o futuro. “Estou fechando parcerias importantes para iniciar cursos do Brasil. Em julho entra no ar o EATpreneur, que será uma plataforma online para conectar, informar, inspirar e educar empreendedores que queiram lançar sua marca de comida/bebida/ qualquer tipo de alimento no Mercado. Além disso, vamos criar a primeira Food Business School no Brasil, que será itinerante com cursos de formação além fronteiras – já tenho convites para outros países da América Latina e da África. Agora buscamos apoio de empresas e profissionais que queiram fazer parte do projeto”.
Ela acredita que o Brasil tem matéria prima para criar produtos de classe e reconhecimento mundial, frutas e castanhas únicas e produtos já reconhecidos como o Queijo da Serra da Canastra, as cachaças artesanais do Nordeste, as rapaduras de Santo Antônio da Patrulha, o bolo de rolo do Recife, o açaí, a tapioca … “Mas para conseguirmos esse reconhecimento temos de aprender muito com os Europeus que acumulam conhecimento durante centenas de anos para chegar a uma qualidade inigualável”. Para saber mais e/ou entrar em contato com a Letícia para parcerias, curta e acompanhe https://www.facebook.com/EATpreneur
Fonte: O Estado de S.Paulo.
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