Hoje é dia dos amantes da liberdade comemorarem mais um aniversário da Declaração de Independência que uniu as treze colônias britânicas na América na tentativa, bem sucedida, de secessão do Império Britânico.
Bem sucedida com muitos poréns. Escravidão, taxação coercitiva e democracia corporativista, formam a tríade que amaldiçoa a república constitucional dos EUA até hoje. Poderiam os “founding fathers” terem institucionalizado algo diferente? Se pudessem teriam. Mas nem a sabedoria e a coragem de homens como Jefferson, Paine, Franklin, Madison, Adams e Washington conseguiram encontrar outro caminho.
Depois de 242 anos da Declaração de Independência, podemos olhar em retrospectiva o que os Estados Unidos enfrentaram nesse tempo todo. Dá para dizer que a mais rica e poderosa nação da história ganhou muito com o que aqueles homens fizeram, mas perdeu também a oportunidade de ganhar ainda mais com o que deixaram de fazer.
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Ainda há tempo, mas infelizmente, nos últimos cem anos, aquilo que os pais da América criaram como acessório, é exatamente o que está deteriorando o essencial: o ideal de uma sociedade baseada na proteção do direitos individuais, cujo objetivo era a soberania do indivíduo sobre o estado e, portanto, sobre a sociedade como uma abstração.
Não é à toa que os EUA está na 18º posição do ranking de liberdade econômica da Heritage Foundation. Pode parecer muito bom para quem vive numa sociedade que amarga a 153º como o Brasil, mas os EUA sempre foram a chama que iluminou o caminho da liberdade e, certamente, perturba a qualquer um saber que ela pode desvanecer até apagar.
Ontem, participei de um evento no IEE onde eu defendia um governo ainda mais limitado do que aquele concebido pelos “founding fathers” dos Estado Unidos da América. Me perguntaram, mas esse governo é possível? Eu respondi sim, precisamos construí-lo. Fico imaginando os representantes das treze colônias debatendo no Segundo Congresso Continental e um deles olha para Thomas Jefferson ou Thomas Paine e questiona, mas esse governo é possível? A resposta vocês já conhecem.
Fonte: “Instituto Liberal”, 03/07/2018