As estradas do país há anos estão em situação crítica, mas agora, com o cortes para tentar ajustar as contas públicas, elas foram literalmente abandonadas pelo governo federal. O corte nos orçamento do Ministério dos Transportes chegaram a R$ 6 bilhões.
No país inteiro, a manutenção das rodovias federais foi prejudicada pelos cortes no orçamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). No primeiro semestre deste ano, a verba para manutenção nas estradas ficou em R$ 3,1 bilhões. O valor representa queda de R$ 33% em relação ao mesmo período do ano passado, quando R$ 4,7 bilhões foram gastos.
Com menos recursos, os gastos com a manutenção das estradas despencaram em todas as regiões. No entanto, a diminuição mais significativa foi na Região Norte, que perdeu R$ 315 milhões. O montante equivale a quase metade do orçamento do ano anterior. Já nas regiões Sul e Sudeste, os gastos com manutenção caíram em R$ 167 milhões e R$ 125 milhões, respectivamente.
Os número foram levantados pela Contas Abertas com base nos dados oficiais do Ministério dos Transportes e do Tesouro Nacional.
Os dados foram base de reportagem do “Bom dia Brasil” de hoje. O jornal mostrou que há mais de 20 anos que os motoristas esperam por melhorias na BR 101, em Sergipe. Três lotes estão em obras e o mais crítico fica entre Japaratuba e Laranjeiras. No centro-oeste não tem asfalto na estrada por onde passa boa parte da produção de Goiás e Mato Grosso.
No Rio Grande do Sul são nove lotes incluídos na duplicação da BR 116, mas é preciso rodar muito para encontrar um operário. As obras estão paradas em cinco trechos. A promessa inicial de entrega era pra 2014.
Os problemas coincidem com um orçamento cada vez menor. De janeiro a junho de 2016, o (DNIT) gastou R$ 86,6 milhões no trecho que liga Guaíba a Pelotas. No mesmo período deste ano, os valores atingiram R$ 13,5 milhões, cerca de 84% a menos.
O Dnit afirmou que não possui verba para tocar a obra na BR-116 em ritmo adequado. Em relação às obras em Sergipe e Goiás, o órgão afirmou ter tido problemas com as empresas contratadas.
Fonte: Contas Abertas.
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