A empresa inglesa Change Please é a grande vencedora do The Venture, competição global de empreendedorismo social.
A etapa final do prêmio foi realizada na quinta-feira (24/5) em Amsterdã, na Holanda, durante o evento de tecnologia e inovação The Next Web.
Fundada por Cemal Ezal, a Change Please treina e contrata moradores de rua para trabalhar em suas lojas e unidades sobre rodas. A empresa facilita a criação de contas bancárias para os colaboradores e os paga em bitcoins. Além disso, ajuda-os a conseguir moradia.
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Pela vitória no The Venture, a Change Please recebeu um aporte de US$ 350 mil (R$ 1,27 milhão).
Os jurados da etapa final do The Venture foram o músico e empreendedor will.i.am, as empresárias Kresse Wesling e Sheila Herrling e o CEO da Pernod Ricard, Alexandre Ricard.
Na final do The Venture, a Change Please se apresentou com outras quatro empresas. Conheça-as e se inspire.
Esterco vira roupa
A segunda colocada do The Venture foi a startup holandesa Mestic. Fundada por Jalila Essaidi, a empresa tem a proposta de transformar cocô de vaca em roupas.
De acordo com a empreendedora, é possível transformar as fibras do esterco em tecido. “Como as criações de gado aumentam em todo o mundo e muitos produtores europeus incineram o esterco, oferecemos uma alternativa barata e sustentável para a destinação desse resíduo”, diz. Pelo resultado no The Venture, a Mestic levou /US$ 200 mil (R$ 728 mil) para casa.
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Tradutor para braille
O espanhol Eric Sicart criou uma solução para um problema bastante comum dos cegos: a falta de livros em braille: ele criou o BraiBook, um dispositivo que armazena livros digitais e os traduz para o sistema de escrita.
O BraiBook se parece com um pequeno controle remoto com alguns furos, que são preenchidos com as letras em braille correspondentes à tradução. O terceiro lugar rendeu a Sicart um prêmio de 100 mil euros (R$ 364 mil).
Privada vaporizadora
Outro projeto relacionado a, digamos, necessidades fisiológicas é a Change: Water Labs. A empresa da americana Diana Yousef criou uma privada que não necessita de um sistema de esgoto para funcionar. “É uma solução prática e barata para campos de refugiados ou comunidades pobres”, diz.
A privada é equipada com um plástico com membranas que separam a água dos detritos sólidos e ajudam o líquido a evaporar. O que sobra de sólido vai sendo acumulado. Só é preciso limpar o toalete uma vez ao mês, segundo Diana. A americana também diz que seu sistema impede a formação de odor.
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Chefs refugiados
O quinto finalista do The Venture é a The Picha Project. A startup é da Malásia e comandada pelas empresárias Kim Lim Yuet e Suzanne Ling. A The Picha Project ajuda refugiados a se tornarem cozinheiros. “Temos 150 mil refugiados na Malásia e pensamos em uma maneira de gerar renda para eles e suas famílias”, afirma Kim.
A empresa malaia ajuda os refugiados a tornar seus negócios conhecidos, ajudando na criação da marca e na estratégia de marketing e auxiliando-os na entrega das refeições.
Fonte: “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”