A pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira mostra que a circulação de conteúdo pelo WhatsApp com ataques e críticas a candidatos teve efeito limitado na decisão de voto. O instituto questionou eleitores se, fora a propaganda eleitoral gratuita, eles receberam qualquer mensagem do tipo pela plataforma na semana anterior ao primeiro turno – 73% responderam que não. O sistema de troca de mensagens se tornou central no debate de propagação de marketing eleitoral e fake news durante a campanha – em especial, diante das críticas do PT e das investigações sobre um suposto esquema de disparos de ataques em prol de candidatos conservadores, revelado pela “Folha de S. Paulo”.
Segundo o Ibope, a porcentagem de eleitores que receberam ataques contra Jair Bolsonaro (PSL) no WhatsApp equivale à de votantes destinatários de críticas a Fernando Haddad (PT), 18%. Outros 3% declaram ter recebido mensagens contrárias a Ciro Gomes (PDT) e 2%, a Marina Silva (Rede). O levantamento mostrou que 1% dos entrevistados viu na plataforma conteúdo crítico a Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Eymael (DC), Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB), João Amoêdo (Novo), Vera Lúcia (PSTU) e João Goulart Filho (PPL).
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Na sondagem do instituto, a troca de mensagens pelo WhatsApp não se provou impactante para a formação de opinião do eleitor. Se 24% revelaram que o conteúdo ajudou na opção de voto, 75% negaram ter sido influenciados na plataforma.
A pesquisa ainda levantou quantos eleitores disseram ter checado a veracidade da informação recebida. Quatro em cada dez entrevistados (43%) reconheceram não ter conferido se o conteúdo era verdadeiro. Enquanto isso, 56% destacaram ter buscado a verdade a respeito.
Contratada pela TV Globo e pelo jornal “Estado de S. Paulo”, a pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O Ibope ouviu 3010 eleitores em 208 municípios, entre 21 e 23 de outubro. O nível de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-07272/2018.
Fonte: “O Globo”