A cada eleição nos deparamos com as aberrações postulantes aos cargos
eletivos. Todos os dias somos bombardeados pela massa de energúmenos
saltitantes atrás de votos. Dentro desse balaio de gatos, alguns insistem
na tese de votar no “menos pior”. Oras, e se eu não concordar com essa
ótica, tenho que votar de nariz tapado?
Deixo claro desde já, que sim, tenho um ou outro candidato já definido,
mas me recuso a aceitar que tenha que escolher entre os três principais
protagonistas ao Planalto em um eventual segundo turno – se é que vai ter…
A fantoche do presidente, alguém sem preparo e desprovida de opinião
própria, Dilma Rousseff, é algo completamente intragável para alguém que
defende princípios básicos de ética e moral e que sempre primou pelo
império da Lei e da meritocracia. Seu principal defeito ainda consegue ser
mais alarmante, chama-se Marco Aurélio Garcia, hoje seu mentor
“intelectual”. Sabe como é, alguém capaz de idealizar um plano retrógrado
e autoritário como o primeiro programa de governo do PT apresentado na
justiça eleitoral nesta eleição, boa pessoa não é. Basta dizer que MAG é o
mesmo que abraça ditadores e até hoje propaga um antiamericanismo
chinfrim, sem a menor razão de ser. Pior ainda é o discurso da candidata
de que assinou sem ler – como é que quer ser governante?
José Serra novamente troca os pés pelas mãos. Recordo-me da eleição de
2002, onde o tucano iniciou com a simpatia de considerável parcela, e
conseguiu espantar muitos dos prováveis eleitores, inclusive deste
escriba. Como bom cepalista que é, solta asneiras dignas do mais atrasado
esquerdista – e tem biltre que crê piamente que esse senhor é de direita,
nos poupem! A autonomia do Banco Central, por exemplo, é algo a ser
preservada a qualquer custo, nem mesmo Lula cogitou em mexer nesse
paradigma. Mas Mr. Burns dá claros exemplos de ser contrário a esta medida. Por ele, a autonomia não mais existiria – assim como sempre foi pregado
pela ala radical do PT. Os tucanos passaram oito anos criticando o Bolsa
Família, apelidando-o do que efetivamente é: bolsa esmola. Novamente o
careca aparece defendendo sua expansão. Eu costumo honrar minha palavra,
ela vale mais que qualquer assinatura. O que dizer de um cidadão que
registra em cartório uma promessa e a descumpre dois anos depois?
Marina Silva é a romântica ecochata, a queridinha dos jovens – como
estupidez combina com juventude -, nunca gerenciou uma cadeira sequer.
Criacionista que é, já andou perdendo votos da ala cor-de-rosa dos
eleitores. Também é completamente desprovida de ideias e capacidade
gerencial. Seus maiores “méritos” são: ser defensora dos povos das
florestas, exaltar um discurso de coitadismo e demonstrar inaptidão ao que
pleiteia.
Como é que vou conseguir votar em um dos supracitados? Tenho inúmeros
motivos para desclassificá-los. Os acima são apenas alguns pouquíssimos
entre uma gama enorme, que incluem casos bem mais enfadonhos, como
corrupção. Aos persistentes que querem nos obrigar a votar no “menos
pior”, pergunto: e se tivéssemos que escolher entre Fernandinho Beira-Mar
e o Marcola? Qual é o “menos pior”? Ah, dirão que é uma comparação
descabida. Não, não é! Lembro que um traficante faz mal à sociedade, mas é
a um nicho restrito. Um mau governante faz mal a toda uma nação em uma
canetada. Para citar um caso, o atual governo desmoronou todas as
esperanças de probidade e moralização da política; tudo que sempre
criticou, fez, e fez pior!
E os defensores dessa corja? Ah, eles se portam – todos – da mesma
maneira: o discurso é válido, desde que angarie votos. Às favas com os
escrúpulos!
P.S.: Em primeiro turno, até o presente, votarei em Mário de Oliveira. Suas
propostas condizem com muito do que defendo e prego. Já no segundo tempo
do jogo, pelo que indica, sou nulo!
No Comment! Be the first one.