Os coletivistas resolveram invadir a minha praia para defender a decisão esdrúxula do STF. Alguns educadamente e tentando esgrimir argumentos, outros ofendendo e fazendo pirraça – estes já foram devidamente barrados do baile.
O argumento central da turma é o velho mantra de que o interesse coletivo deve se sobrepor ao individual. No fundo, estão dizendo que me forçar a tomar uma vacina é um direito deles. Por que então perder tempo com informação, persuasão ou convencimento, se podem usar a força do estado para nos coagir a fazer o que acham certo?
O que lhes faz pensar que têm o direito moral de se apropriar do meu corpo para benefício deles ou de terceiros é ainda uma incógnita para mim.
Tampouco enxergam que este é um caminho muito perigoso, afinal, se o estado é dono do nosso corpo, nada impede que, amanhã, ao invés de nos injetar compulsoriamente uma vacina, ele resolva retirar alguma coisa, transformando-nos em “doadores” de sangue compulsórios, ou mesmo, para levar o argumento ao extremo, em “doadores” vivos de rins.
Sim, porque se o fato de haver muita gente precisando de sangue ou de um transplante pode ser traduzido como “interesse coletivo”, o rol de coisas que o estado pode fazer com nossos corpos, contra a nossa vontade, é quase infinito.
Olha, pessoas: as experiências coletivistas pelo mundo já deveriam ter mostrado que esse negócio de colocar um pseudo interesse coletivo – definido por meia dúzia de iluminados – acima dos direitos individuais mais comezinhos, como liberdade e propriedade, nunca deu certo.
Fonte: “Instituto Liberal”, 28/12/2020
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