O Brasil deveria possuir uma maior atenção para a educação, desde o ensino básico até o superior. Escola de qualidade é aquela que oferece professores treinados, titulados, instalações adequadas e diretores competentes para o exercício das suas funções. Ao mesmo tempo, compete aos alunos o maior empenho em suas tarefas, com estudo árduo, muitas horas de dedicação, visão técnica apurada sobre as áreas de interesse e a busca por culturas diversificadas. Aliás, as escolas deveriam ensinar aos seus alunos sobre bom comportamento, envolvendo o ensino da ética, devido ao esquecimento da sociedade sobre o tema.
Para que todos estes critérios sejam atingidos é necessária a realização de investimentos públicos e privados, em larga escala. Neste caso, chama atenção as iniciativas governamentais propostas pela Índia, China e Cingapura. Ou seja, para combater a crise econômica global, oriunda do elevado endividamento bancário, a solução passa pela alocação de recursos em educação. O mais interessante é que as escolas são isentas para o pagamento de imposto de renda, bem como todo e qualquer indivíduo que declare ser graduado ou pós-graduado, em qualquer área do conhecimento.
Para ser um país competitivo, um dos pilares é o desenvolvimento educacional, em ciência e tecnologia, além do estímulo ao empreendedorismo, algo exemplar, dadas as iniciativas asiáticas. E o Brasil, o que vem propondo?
Ao analisar a economia brasileira, percebe-se um elevado endividamento público, com 42% dos gastos governamentais para o pagamento do funcionalismo. Ao mesmo tempo, as manchetes dos jornais e revistas de grande circulação estampam um noticiário repleto de desvios de conduta, dos representantes públicos aos privados. Quando o assunto é educação, as iniciativas são estapafúrdias, observando que as melhores escolas do ensino médio ainda estão abaixo dos padrões internacionais.
Existem inúmeros casos de sucesso no Brasil que deveriam ser observados de perto, como fundações e institutos de pesquisas, que honrosamente realizam as suas atividades educacionais, com recursos parcos, mas atingindo patamares internacionais. Logo, pensar no futuro nacional requer planejamento, gente preparada e qualificada.
Enquanto as escolas internacionais vêm se preocupando em elevar as horas de estudos dos seus alunos, remunerando melhor os seus professores e preparando os alunos para a vida, as propostas nacionais são para redução da carga horária e piso mínimo para os professores.
Já as universidades americanas, europeias e as asiáticas buscam recursos governamentais e privados para o financiamento dos seus projetos, maior qualificação e resultados em suas avaliações, em busca dos melhores alunos. Já as nacionais ainda avaliam um novo modelo de vestibular, algo proposto há anos no exterior. Estaríamos atrasados no “dever de casa”?
Conclui-se que o Brasil ainda caminha a passos curtos quando o assunto é educação, com baixos investimentos e planejamento de longo prazo, ficando a sua posição de grande potência econômica ameaçada, perante aos seus concorrentes externos e pela correlação do tema com inovação e competitividade.
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