Os recentes episódios ocorridos no Japão com vazamento de usinas geradoras de energia elétrica com base em usinas atômicas, fazem-nos pensar seriamente no assunto. Em geral, para produção de energia elétrica usam-se três tipos de usinas geradoras: hidroelétricas, termoelétricas e eólicas.Vamos ao caso brasileiro. O Brasil tem, no mundo, o maior potencial de geração de energia por hidro elétricas, graças à sua gigantesca bacia hidrográfica. É a que causa menor dano ao meio ambiente, ao contrário das termoelétricas, geradoras de gás carbono, altamente poluidor do meio ambiente. No entanto, o que se vê no Brasil é ataque sistemático da construção destas usinas pelos chamados ambientalistas. Vemos recentemente o caso da construção da usina de Belo Monte no Rio Xingu, na Amazônia. A construção desta usina propiciaria o fechamento de varias termo elétricas atualmente em funcionamento na Amazônia, grande poluidoras do meio ambiente.”Durma-se com um barulho destes.” É correto que os defensores do meio ambiente lutem para que estas hidroelétricas respeitem ao máximo o meio ambiente mas, não vamos chegar ao exagero.
Vamos agora ao caso das usinas atômicas. Não vejo razão para que se iniciem mais usinas deste tipo, além das duas atualmente em funcionamento. Que o caso atual do Japão sirva de exemplo quanto ao perigo que expõem à população em geral.
Quanto às eólicas, a situação climática e de ventos no Nordeste brasileiro justificam a construção das mesmas , na região, como já estamos verificando em alguns Estados como o Ceará. Resta apenas diminuir o custo do quilowatt gerado, nada que boas pesquisas não conseguirão como já estamos verificando. Não há razões para se construírem usinas atômicas na região.
A França que tem 70% da energia elétrica que consome gerada por usinas atômicas deve estar realmente preocupada.
Na questão de geração de energia elétrica devemos levar em conta quais as melhores possibilidades que cada país tem, levando em conta o que a natureza lhes propiciou para gerá-las mais economicamente. E, no Brasil, graças ao nosso imenso potencial hídrico, as hidroelétricas se impõem. Nada, repetimos, de usinas atômicas dado ao grande risco que impõem no caso de acidentes. No caso atual das usinas de Angra dos Reis, descobriu-se que, nem as rotas de fuga estavam adequadamente preparadas, além de porem em risco a própria cidade do Rio de Janeiro caso haja algum desastre nas mesmas.
Espero que o atual governo saiba comportar-se sabiamente sobre o assunto, porque como dizia Abba Eban, diplomata Sul-africano: “Homens e nações comportam-se sabiamente estudando todas alternativas”.
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